segunda-feira, 29 de junho de 2015

Faster, Pussycat! Kill! Kill!



No início de Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965), ouvimos a voz de um narrador resumindo a essência desse cultuado exploitation que é referência para diversos cineastas. O diretor Russ Meyer - que tem em sua filmografia, personagens femininas voluptuosas e com seios fartos -, fez um excelente trabalho de direção. O título chamativo é característico do gênero.

A trama simples apresenta três strippers - Varla (Tura Satana), Rosie (Haji) e Billie (Lori Williams) -  que vivem perigosamente cometendo golpes e dirigindo carros em alta velocidade. Após um desentendimento com um casal em uma região deserta - onde o rapaz é assassinado e a moça feita de refém -, elas encontram um senhor e seus dois filhos que supostamente guardam em sua residência uma baita fortuna. O plano das mulheres agora é roubar todo esse dinheiro.

A personagem Varla interpretada por Tura Satana virou um ícone na história do cinema com toda sua força e sensualidade. As outras duas também estão bem e possuem características específicas que transformam a relação do trio numa dinâmica interessante. Os outros atores se esforçam e não comprometem o resultado.

O roteiro linear possui algumas situações absurdas, mas que no final das contas casam bem com o universo da obra. Traumas e motivações de certos personagens não são "mastigados" para o espectador. Ao meu ver, uma decisão acertada de Meyer que criou um ambiente hostil onde a maioria dos personagens são perigosos.

Com o auxílio de uma boa montagem e uma trilha sonora que gruda nos ouvidos igual à chiclete, o filme possui uma boa fluidez transformando a apreciação em uma deliciosa experiência.

Foi muito corajosa a atitude de todos os envolvidos na obra se levarmos em consideração o ano em que foi lançado. Hoje em dia não causaria nenhum fervor com o seu conteúdo sexual sugerido e violência.

Uma boa dica para quem quer conhecer um típico exploitation. Nota 8









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