segunda-feira, 22 de junho de 2015

A Dança dos Vampiros (The Fearless Vampire Killers)



É provável que grande parte do público nos dias de hoje, não ache muita graça de A Dança dos Vampiros (1967). E o motivo é muito simples: o estilo de humor existente na maioria desses filmes onde a sutileza não tem vez. É uma enxurrada de cenas forçando o riso do espectador a todo custo. Fiz esse comentário não com o intuito de determinar a qualidade desses filmes , mas para situar os leitores sobre o tipo de paródia que é a Dança dos Vampiros. Um filme dirigido e atuado por Roman Polanski.

A trama se passa na Transilvânia, onde um professor especialista em vampiros (Jack MacGowran) e seu fiel escudeiro (Roman Polanski) estão a caminho do castelo de Drácula com a intenção de investigar e exterminar com os vampiros daquela região. Com o imenso frio, eles param para se aquecer em uma taverna e conhecem outros estranhos moradores da região.

Apesar dos elementos cômicos, o clima do filme muitas vezes é bem sombrio. Isso graças ao excelente trabalho da direção de arte e da fotografia revelando seus corredores escuros. Outro fator que contribui para essa construção é a utilização do som. Ouvimos por diversas vezes, o som de uma forte ventania (recomendo assistir em uma noite fria) e os uivos dos lobos característicos nosdias de lua cheia. Uma curiosidade é que esse é o primeiro filme colorido de Polanski.

Polanski está ótimo como sempre na direção, mesmo não estando no mesmo nível de outras realizações. O filme possui excelentes movimentos de câmera. Já a sua atuação é apenas mediana, mas não compromete o resultado. Foi nesse filme que ele conheceu a belíssima Sharon Tate, com quem viria a se casar e vivenciar uma trágica história. A atriz e algumas outras pessoas foram assassinadas por um grupo de uma seita liderada por Charles Manson.

Em alguns momentos o humor do filme não funciona tão bem como por exemplo, nas cenas em que Polanski utiliza o recurso da aceleração da imagem.Me fez lembrar dos filmes de Woody Allen no início da carreira, onde o "humor físico", força um pouco a barra. No entanto, várias outras cenas funcionam perfeitamente e ficam tatuados na memória. Como por exemplo, o momento em que os dois personagens se encontram no telhado para invadir o quarto do Drácula e também o vampiro se insinuando para o medroso personagem do Polanski. Além do baile no final com aqueles personagens encharcados de maquiagens e figurinos exuberantes.

A Dança dos Vampiros possui um humor bem peculiar e é repleto de cenas bacanas. Eu fui mordido e posso afirmar que valeu a pena.  Nota 7.






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