segunda-feira, 24 de junho de 2013

Antes da Meia-Noite (Before Midnight)


Cheguei por volta das 13:50 na Estação Rio em Botafogo para assistir um dos filmes mais aguardados por este que vos escreve. Lá estava eu preparado para assistir a sessão das 14:30 de Antes da Meia-Noite (2013), quando me deparei com uma fila do lado de fora do cinema. Percebi que o local estava fechado e fui verificar o motivo: toda a Voluntários da Pátria estava sem luz segundo informações da funcionária. Eu estava começando a ficar puto com toda a situação. Voltei para a fila na esperança da luz dar o ar da graça. Passou-se 15 minutos e pude ouvir algumas pessoas na fila comemorando. Ou seja? Valeu a pena esperar.

Foi maravilhoso passar a tarde de Domingo com Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy). E mesmo que esse terceiro longa do diretor Richard Linklater seja um pouco inferior aos anteriores, mesmo assim é sensacional. Ainda mais para quem está íntimo do casal. Sim, digo isso pois já assisti zilhões de vezes Antes do Amanhecer e Antes do Pôr-do-Sol.

Vários elementos dos longas anteriores estão presentes, incluindo os diálogos filosóficos sobre relacionamentos e principalmente sobre o tempo. Ao meu ver, o tempo é a espinha dorsal de toda a conversa do casal. Vocês lembram no primeiro filme, o argumento de Jesse para convencer Celine à descer do trem? Pois bem. Não sei se outros espectadores fizeram essa conexão, mas melhor parando por aqui para não estragar as surpresas.

A história inicia com Jesse no aeroporto despedindo-se de seu filho (Seamus Davey-Fitzpatrick) do primeiro casamento. Ambos estavam curtindo as férias juntos na Grécia. Fica clara a melancolia nessa cena e percebemos a preocupação do pai em estar mais presente na vida do menino. Essa cena logo de cara já mexeu bastante comigo. Em seguida ele retorna para seu veículo onde se encontra com Celine e as gêmeas. Daí pra frente nos damos conta de que muita coisa mudou. Jesse e Celine estão casados há algum tempo e possuem duas filhas para criar. Celine por sua vez, está em dúvidas se aceita ou não trabalhar para o governo. Já na cena do carro, percebemos a diferença na relação dos personagens, pois já caíram naquela fase de rotina que atinge a maioria dos casais.

Todas as cenas possuem importância na trama até para situar alguns fragmentos da história dos protagonistas. Como por exemplo na cena do almoço em conversa com outros casais e amigos. Logo em seguida, Jesse e Celine caminham durante um longo tempo até chegar em um quarto de um motel, onde os sentimentos estarão à flor da pele, culminando em uma grande discussão. A impressão é que estamos juntos naquele quarto, torcendo para tudo acabar bem entre os dois.

Achei linda e ao mesmo tempo melancólica a cena de ambos observando o pôr-do-sol no horizonte.

Quando o filme acaba, dá uma vontade imensa de voltar no tempo e assistir tudo novamente. Nota 9.




segunda-feira, 3 de junho de 2013

Quatro Amigas e um Casamento (Bachelorette)


Surfando na onda de Se Beber não Case e Missão Madrinha de Casamento, vem esse Quatro Amigas e um Casamento (2012), filme de estréia da diretora Leslye Headland, que também assina o roteiro. Tive que citar os outros filmes, pois todos tem o casamento como pano de fundo e situações absurdas envolvendo pessoas chapadas.

Na trama, as quatro amigas irão se encontrar novamente por causa do casamento de uma delas. As três descobrem que Becky (Rebel Wilson) a menos popular da turma, vai se casar justamente com o cara que era o mais cobiçado na época do colégio. Esse fato, causa uma certa ponta de inveja entre as meninas que ainda são convidadas para serem damas de honra no casamento. Regan (Kirsten Dunst), Gena (Lizzy Caplan) e Katie (Isla Fisher) aceitam o convite e passam a noite anterior usando drogas e discutindo sobre solteirice. Após algumas inconsequentes brincadeiras, elas se metem em uma enrascada atrás da outra que podem aniquilar com o casamento de Becky. Daí pra frente é uma corrida contra o tempo para colocar tudo nos eixos.

Se for para comparar com Missão Madrinha de Casamento, esse perde feio. Em vários momentos, não achei graça alguma e o roteiro parece ficar meio perdido. Achei que o filme ganha certo fôlego quando chega perto do final. Mas aí já é tarde demais.

Apesar do título nacional citar as quatro amigas, o foco está nas três encalhadas. Todas muito bem interpretadas por sinal.  Achei a personagem de Rebel Wilson pouco explorada na trama.

Temos também a participação de James Marsden, que tem a fama de na maioria das vezes interpretar personagens que não acabam bem na história. E aqui de certa forma, esse fato se repete, apesar de uma cena quente com a personagem de Kirsten Dunst.

Minha esposa também não achou lá aquelas coisas e no final das contas, tivemos a mesma opinião sobre o filme. Nota 5.