sábado, 7 de setembro de 2013

Hitchcock



Já se passaram três semanas que eu assisti Hitchcock (2012) e por isso, posso deixar de comentar algo importante sobre o filme. Vou tentar puxar ao máximo da memória, a impressão deixada logo após assistir à obra.

Cinebiografias em sua maioria, dão sempre panos pra manga, no que diz respeito à apresentação dos retratados. Chovem reclamações sobre exageros ou ausência de certos fatos importantes relacionados à personalidade daquele determinado personagem. Aqui não foi diferente. No entanto, talvez pelo fato de retratar o meu diretor favorito de todos os tempos, eu achei o saldo final bem positivo. Com todas as suas falhas, o filme dirigido por Sacha Gervasi, tem uma fluidez deliciosa que faz a hora passar rápido.

O roteiro baseado no livro Alfred Hitchcock And The Making Of Psycho, narra como o própio título do livro aponta, os bastidores de Psicose, um dos melhores filmes do mestre e um dos mais importantes da história do cinema. Além de ser objeto de estudo para muitos cineastas.

O filme começa com Alfred Hitchcock (Anthony Hopkins) na premiere de seu último filme: o também importante Intriga Internacional acompanhado da sua esposa e companheira de sempre Alma (Helen Mirren). Nesse período, o diretor estava à procura de um trabalho mais ousado e diferente daquilo que havia feito até então. A busca acabou assim que ele leu o livro Psicose de Robert Bloch. Daí pra frente companheiros, começa uma batalha diária do diretor para convencer o estúdio e os censores à realizar o filme a seu bel prazer. Nesse meio tempo, verificamos alguns distúrbios no relacionamento do gordinho com sua esposa e até uma certa desconfiança de que Alma lhe estivesse colocando chifres. No entanto, percebemos a importância da sua esposa em todo o processo de criação do filme. que cresce no seu belíssimo final.

É claro que a maquiagem de Hopkins ajuda bastante na caracterização do personagem. Porém, achei sua atuação bem discreta. Quem está muito bem no filme é Helen Mirren. Já Scarlett Johansson aparece apenas em cenas pontuais interpretando Janet Leigh, assim como James D'Arcy que está a cara de Anthony Perkins. Uma grande surpresa é a presença de Ralph Macchio (Karatê Kid) interpretando o roteirista Joseph Stefano.

Hitchcock pode ter seus problemas, mas como já havia dito, sou fã de carteirinha do diretor e o filme me pegou pelo coração. Nota 8. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Tabu


Demorei um pouco para escrever sobre Tabu (2012), pois pretendia assistir novamente com o intuito de captar um pouco mais desse grandioso filme dirigido pelo português Miguel Gomes, que já abocanhou prêmios importantes e um grande reconhecimento por parte do público e da crítica. Como não foi possível ainda rever essa maravilha, vou comentar sobre o que ficou registrado na minha mente.

Tabu se divide em duas partes: Paraíso Perdido e Paraíso (sua relação com o cinema de F.W. Murnau se faz presente). Além de um prólogo, onde vemos um explorador português na Àfrica sofrendo ao tentar em vão, ocupar seu tempo para tentar suportar a morte da sua esposa. Ao final, ele se deixa ser engolido por um crocodilo, para logo em seguida, incorporar o animal e ficar ao lado do fantasma de sua mulher. Ficamos sabendo que essas imagens iniciais pertencem à um filme visto por Pilar (Teresa Madruga) num cinema que por sua vez, se encontra bastante envolvida com toda aquela história. É quando entra a primeira parte (Paraíso Perdido) onde conhecemos também Aurora (Laura Soveral), uma solitária senhora que divide um apartamento em Lisboa com Santa (Isabel Muñhoz Cardoso), sua empregada cabo-verdiana com quem vive um relacionamento de muita desconfiança. Pilar é vizinha de Aurora e as duas acabam ficando amigas. Aos poucos, o passado de Aurora vem à tona, e a partir desse ponto, dá início a segunda parte da história (Paraíso). Não vou adentrar em mais detalhes. Para os que gostam de um filme que foge completamente dos padrões hollywoodianos, eis um belíssimo exemplar. 

É necessário assistir mais de uma vez para absorver outras nuances da obra. Mas o que pude verificar, é a relação entre o passado longínquo das personagens e o melancólico presente. Um presente que sofre ao saber que o passado jamais irá se repetir e que vai existir somente na memória. Pode-se fazer até mesmo uma comparação com a situação atual de Portugal (e de outros países da Europa) com outras épocas.

O que mais impressiona na obra de Gomes é justamente a forma como ele apresenta a história. A segunda parte onde é descortinado o passado de Aurora, é todo narrado e sem diálogo algum. Lembra a boa época do cinema mudo, onde as expressões dos atores diziam mais que qualquer palavra.

A fotografia em preto e branco é um show à parte em todo o filme e faz um casamento perfeito com a cuidadosa edição.

O que dizer mais? Só revendo para tentar pescar algo que passou despercebido num primeiro momento. Algo tão comum em uma obra que é desde já, um forte candidato à melhor do ano. Nota 10.




domingo, 14 de julho de 2013

Detona Ralph (Wreck-It Ralph)


Não é preciso ser um aficionado por videogames para gostar de Detona Ralph (2012). Mas é claro que a baba poderá escorrer, se esse for o seu caso. Principalmente após as aparições de diversos personagens e às inúmeras referências de jogos. Pac-Man, Sonic, Zangief, Ryu e muitos outros marcam presença. No entanto, a grande força da animação dirigida por Rich Moore está na forma como o roteiro foi desenvolvido e principalmente nas questões que ele aborda. Além de um excelente visual, como não poderia deixar de ser.

Toda a trama se passa dentro dos jogos eletrônicos em uma casa repleta de fliperamas que se conectam entre si, onde ocorre a interação dos diversos personagens. Um deles é Ralph (John C. Reilly), o vilão do jogo Conserta Félix Jr. que destrói tudo que vê pelo caminho. Já Fix-It Felix (Jack McBryer), é o mocinho que conserta tudo com seu martelo mágico. Após o fechamento da casa, é descortinado todo o universo dos bastidores desses jogos apresentando o cotidiano desses personagens. Principalmente de Ralph, que  cansado de se sentir excluído e injustiçado pelos outros, almeja conseguir uma medalha que é concedida somente aos heróis. Para isso, ele acaba invadindo outros dois jogos onde irá conhecer personagens importantes na trama, como a Sargento Calhoun (Jane Lynch) e Vanellope von Schweetz (Sarah Silverman).

Como eu já havia dito, o filme tem um visual deslumbrante que na minha opinião alcança o seu ápice, quando Ralph adentra o colorido jogo Corrida Doce. É nesse ambiente que ele conhece a menina Vanellope que também sofre rejeição. Um fato curioso é que Rich criou essa personagem inspirado num livro escrito por Sarah Silverman,que em seguida aceitou o convite do diretor para fazer a voz da Vanellope.

Ao meu ver, o filme perde um pouco a sua fluidez lá pela metade e só retorna com força total lá pelo seu final empolgante. Uma dica é assistir os créditos finais com aparições de vários jogos.

Uma das cenas mais bacanas acontece próximo ao início envolvendo uma reunião com vários vilões, onde eles discutem sobre suas própias condições.

Se vale a pena assistir? Com toda a certeza e principalmente pela sua mensagem extremamente relevante que agrada crianças e adultos. Agora preciso terminar o texto e assistir outro filme. Game Over. Nota 7.


sábado, 6 de julho de 2013

Rio Vermelho (Red River)


É deveras estimulante ter a certeza sobre a existência de diversos filmes maravilhosos ainda inéditos para este que vos escreve. Nessa semana tive a oportunidade de assistir Rio Vermelho (1948), que é um clássico bangue-bangue dirigido de forma magnífica pelo grande Howard Hawks e também por Arthur Rosson. Gostaria antes de mais nada, agradecer ao amigo Conrado que é um grande conhecedor dos filmes de faroeste e me emprestou essa preciosidade. Valeu xerife!

O filme apresenta a jornada de Thomas Dunson (John Wayne) na busca de novas terras para a criação do seu gado. Juntamente com seu amigo `Groot` (Walter Brennan) e o jovem Matthew (Montgomery Clift), conseguem obter sucesso com seu rebanho. Com o passar dos anos e após a  guerra civil, a crise chega e o dinheiro seca, forçando Dunson à procurar novos ares. Ele decide depois de coletar várias informações, que a melhor opção é chegar até Missouri após atravessar o rio. Mas, como viajar vários quilômetros com aquela quantidade enorme de animais? Com ajuda de vários homens, ele inicia a missão. Com o tempo, vários problemas vão acontecendo durante o trajeto, aumentando ainda mais as desavenças entre aqueles homens. Dunson por sua vez, torna-se mais autoritário e rude com as pessoas que o cercam. Na minha opinião, é justamente nesses conflitos internos que o filme cresce, mostrando até onde uma pessoa pode ir para conseguir alcançar seu objetivo.

Prefiro não entrar em mais detalhes para não estragar as surpresas de quem ainda não assistiu. O que posso afirmar é que o filme possui uma fluidez que não se encontra em qualquer esquina. Prende a nossa atenção do início ao fim graças ao excelente roteiro e principalmente da maravilhosa edição.

O que dizer de John Wayne? Um papel de um personagem ambíguo que caiu como uma luva para ele. Montgomery Clift também está muito bem no seu primeiro filme. Aliás, por falar em Clift, seu personagem no filme aparentemente é homossexual e isso fica implícito na maneira que ele faz um elogio à arma de um outro pistoleiro. Lembrando que o ator era gay na vida real.

Fico imaginando o trabalho árduo de dirigir com todos aqueles animais. Hawks por sua vez, deve ter se especializado nesse ramo, já que realizou Hatari!, outro filme com diversos bichos.

Só não gostei muito do desfecho. Porém , esse fato em nada tira a grandiosidade desse trabalho que merece ser visto e revisto sempre. Nota 9.





segunda-feira, 24 de junho de 2013

Antes da Meia-Noite (Before Midnight)


Cheguei por volta das 13:50 na Estação Rio em Botafogo para assistir um dos filmes mais aguardados por este que vos escreve. Lá estava eu preparado para assistir a sessão das 14:30 de Antes da Meia-Noite (2013), quando me deparei com uma fila do lado de fora do cinema. Percebi que o local estava fechado e fui verificar o motivo: toda a Voluntários da Pátria estava sem luz segundo informações da funcionária. Eu estava começando a ficar puto com toda a situação. Voltei para a fila na esperança da luz dar o ar da graça. Passou-se 15 minutos e pude ouvir algumas pessoas na fila comemorando. Ou seja? Valeu a pena esperar.

Foi maravilhoso passar a tarde de Domingo com Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy). E mesmo que esse terceiro longa do diretor Richard Linklater seja um pouco inferior aos anteriores, mesmo assim é sensacional. Ainda mais para quem está íntimo do casal. Sim, digo isso pois já assisti zilhões de vezes Antes do Amanhecer e Antes do Pôr-do-Sol.

Vários elementos dos longas anteriores estão presentes, incluindo os diálogos filosóficos sobre relacionamentos e principalmente sobre o tempo. Ao meu ver, o tempo é a espinha dorsal de toda a conversa do casal. Vocês lembram no primeiro filme, o argumento de Jesse para convencer Celine à descer do trem? Pois bem. Não sei se outros espectadores fizeram essa conexão, mas melhor parando por aqui para não estragar as surpresas.

A história inicia com Jesse no aeroporto despedindo-se de seu filho (Seamus Davey-Fitzpatrick) do primeiro casamento. Ambos estavam curtindo as férias juntos na Grécia. Fica clara a melancolia nessa cena e percebemos a preocupação do pai em estar mais presente na vida do menino. Essa cena logo de cara já mexeu bastante comigo. Em seguida ele retorna para seu veículo onde se encontra com Celine e as gêmeas. Daí pra frente nos damos conta de que muita coisa mudou. Jesse e Celine estão casados há algum tempo e possuem duas filhas para criar. Celine por sua vez, está em dúvidas se aceita ou não trabalhar para o governo. Já na cena do carro, percebemos a diferença na relação dos personagens, pois já caíram naquela fase de rotina que atinge a maioria dos casais.

Todas as cenas possuem importância na trama até para situar alguns fragmentos da história dos protagonistas. Como por exemplo na cena do almoço em conversa com outros casais e amigos. Logo em seguida, Jesse e Celine caminham durante um longo tempo até chegar em um quarto de um motel, onde os sentimentos estarão à flor da pele, culminando em uma grande discussão. A impressão é que estamos juntos naquele quarto, torcendo para tudo acabar bem entre os dois.

Achei linda e ao mesmo tempo melancólica a cena de ambos observando o pôr-do-sol no horizonte.

Quando o filme acaba, dá uma vontade imensa de voltar no tempo e assistir tudo novamente. Nota 9.




segunda-feira, 3 de junho de 2013

Quatro Amigas e um Casamento (Bachelorette)


Surfando na onda de Se Beber não Case e Missão Madrinha de Casamento, vem esse Quatro Amigas e um Casamento (2012), filme de estréia da diretora Leslye Headland, que também assina o roteiro. Tive que citar os outros filmes, pois todos tem o casamento como pano de fundo e situações absurdas envolvendo pessoas chapadas.

Na trama, as quatro amigas irão se encontrar novamente por causa do casamento de uma delas. As três descobrem que Becky (Rebel Wilson) a menos popular da turma, vai se casar justamente com o cara que era o mais cobiçado na época do colégio. Esse fato, causa uma certa ponta de inveja entre as meninas que ainda são convidadas para serem damas de honra no casamento. Regan (Kirsten Dunst), Gena (Lizzy Caplan) e Katie (Isla Fisher) aceitam o convite e passam a noite anterior usando drogas e discutindo sobre solteirice. Após algumas inconsequentes brincadeiras, elas se metem em uma enrascada atrás da outra que podem aniquilar com o casamento de Becky. Daí pra frente é uma corrida contra o tempo para colocar tudo nos eixos.

Se for para comparar com Missão Madrinha de Casamento, esse perde feio. Em vários momentos, não achei graça alguma e o roteiro parece ficar meio perdido. Achei que o filme ganha certo fôlego quando chega perto do final. Mas aí já é tarde demais.

Apesar do título nacional citar as quatro amigas, o foco está nas três encalhadas. Todas muito bem interpretadas por sinal.  Achei a personagem de Rebel Wilson pouco explorada na trama.

Temos também a participação de James Marsden, que tem a fama de na maioria das vezes interpretar personagens que não acabam bem na história. E aqui de certa forma, esse fato se repete, apesar de uma cena quente com a personagem de Kirsten Dunst.

Minha esposa também não achou lá aquelas coisas e no final das contas, tivemos a mesma opinião sobre o filme. Nota 5.




sexta-feira, 31 de maio de 2013

Drácula (Dracula)


Quando assisto filmes bem antigos, tento me transportar mentalmente para a época em que ele foi realizado e exibido. Isso tudo com o objetivo de chegar próximo à sensação da platéia naquela época. Então eu paro e penso: se hoje, aquele olhar do Drácula interpretado por Bela Lugosi, me deu arrepios, imagine o efeito na platéia na década de 30?

Drácula (1931), dirigido pelo grande Tod Browning, consegue transmitir um clima bem sinistro já no seus minutos iniciais, onde um jovem e corajoso advogado (Dwight Frye), está disposto a visitar um misterioso castelo na Transilvânia, para tratar de um contrato com o morador daquele local: o Conde Drácula (Bela Lugosi). Este por sua vez, transforma o moço em uma espécie de criado que o auxilia na mudança para a cidade de Londres através de uma embarcação onde todos os tripulantes acabam sendo mortos. Após chegar à cidade, Drácula vai aos poucos fazendo suas vítimas com o intuito de saciar a sua sede de sangue humano, até se deparar com o Dr. Van Helsing (Edward Van Sloan), um grande conhecedor de vampiros.

O grande trunfo desse filme é sem sombra de dúvidas, a atuação de Bela Lugosi. Mesmo com seu sotaque diferenciado, é difícil encontrar outro ator que personifique melhor a imagem do vampirão. Outro que merece aplausos é Dwight Frye. É incrível a mudança no rosto do seu personagem após ser amaldiçoado pelo conde maligno. Frye também participou de vários filmes importantes da Universal naquela época.

A ausência da trilha sonora em diversos momentos contribui para que o filme fique ainda mais assustador ao meu ver. É que na época, o cinema ainda estava se adaptando à sua fase sonora e muitas salas só conseguiam passar filmes mudos. Por isso foram feitas duas versões desse filme. Uma delas sem som nenhum, justamente para ser exibida nessas salas.

O grande problema do filme reside do meio para o final, onde tudo acontece com muita pressa. Fiquei meio decepcionado quando chegou ao fim.

Mesmo assim, vale a pena conhecer essa obra que deve ter feito muita gente arrepiar os cabelinhos do pé e se cagar de medo com o olhar de Bela Lugosi dizendo: "Ouça-os: as crianças da noite. Que doce música eles fazem. Não acha?" Nota 7.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Férias Frustradas (National Lampoon´s Vacation)


Eu que esperava uma comédia familiar e bem besteirol, acabei me surpreendendo positivamente com este Férias Frustradas (1983). Também nem poderia ser diferente já que na direção temos Harold Ramis e quem assina o roteiro é ninguém mais ninguém menos que o nosso queridíssimo John Hughes que deixou muitas saudades. A história do filme é baseada justamente em um conto escrito pelo própio Hughes anos antes.

A trama apresenta uma tradicional família americana se preparando para viajar quilômetros de Chicago, até um parque que fica na Costa Oeste do país: o famoso Walley World. Logo de cara, percebemos que as coisas não vão dar muito certo. O carro que seria utilizado pela família na viagem teve que ser trocado por um outro inferior. É só o começo de uma sequência de absurdos que irão surgindo à cada quilômetro rodado. Nem vou entregar muita coisa para não estragar as surpresas. O que posso adiantar aqui é que o filme se trata de um road movie que passa bem longe do politicamente correto. A principal intenção dessa viagem é aproximar os membros dessa "família comercial de margarina". Com o tempo percebemos o quanto essa primeira impressão era só fachada.

Chevy Chase ficou marcado por esse filme, assim como a bela Beverly D´Angelo, interpretando o pai e a mãe respectivamente. Outra figurinha fácil nesse tipo de filme, é Anthony Michael Hall. Há também participações especiais do saudoso John Candy e Eugene Levy que é sempre encontrado em American Pie.

Dá vontade de pegar um carro e ir até Walley World. Diversão garantida. Nota 8.



terça-feira, 21 de maio de 2013

O Incrível Homem que Encolheu (The Incredible Shrinking Man)


E eis uma pequena jóia. Uma preciosidade que muitos ainda não conhecem ou só ouviram falar. A primeira vez que soube da existência de O Incrível Homem que Encolheu (1957), foi em uma conversa com os amigos Rick Martins e Lafa. Ambos sempre elogiavam esse filme e é claro que ele entrou de imediato na minha lista de filmes que eu deveria assistir antes de morrer. Depois de muito tempo, tive a oportunidade de gravá-lo no Telecine Cult e somente ontem, pude assistí-lo no final da noite acompanhado de cervejas e Cebolitos. Que maravilha.

Estava esperando um trash bem divertido e me vem uma história com uma mistura de drama, ficção científica, suspense e ainda sobra um tempinho também para a reflexão. Ou seja, quem ainda não viu, assista ontem.

É bom lembrar que o filme se passa numa época em que as pessoas ainda apresentavam os sintomas da segunda grande guerra e avistavam o início de uma Guerra Fria. Tudo contribui para um melhor entendimento sobre a condição do homem diante das suas estúpidas criações e as consequências desastrosas ao usufruir indevidamente dos elementos que a natureza fornece. É claro que posteriormente a própia natureza vai cobrar o seu preço e muitas vezes paga quem nada tinha a ver com isso.

Na trama, Scott Carey (Grant Williams) está feliz da vida ao lado da sua esposa Louise Carey (Randy Stuart) em um passeio de barco. Enquanto a moça entra na cabine para pegar uma cerveja para o marido, o barco atravessa uma estranha nuvem que entra em contato com Scott. Depois de algum tempo, o rapaz percebe que suas roupas estão ficando cada vez mais largas e seu tamanho diminuindo cada dia mais. O médico não consegue diagnosticar e em seguida o seu caso é enviado para um renomado laboratório. Lá descobrem a causa do seu encolhimento: uma forte exposição à inseticida e radiação atômica. Nesse momento ele se lembra da tal nuvem branca do barco. A partir daí meus amigos, começa uma corrida dos médicos para tentar reverter esse caso, enquanto Scott vai diminuindo à cada dia que passa.

É nesse momento que o filme se torna sensacional. Vemos todo o drama do personagem e de sua esposa que não desiste em nenhum momento em ajudar Scott (que à essa altura está morando em uma casinha de brinquedo). Depois de um tempo, sua luta é pela sobrevivência. Animais inofensivos se transformam em predadores perigosos.

Confesso que não conhecia o trabalho do diretor Jack Arnold. Agora fiquei curioso pra assistir outro filme dele que tenho aqui em DVD: O Monstro da Lagoa Negra.

Outro trabalho primoroso são os efeitos especiais. É claro que vistos nos dias de hoje podem parecer ridículos. Mas lembrem-se que a década é de 50 e os recursos eram bem menores.

O final ao meu ver, fecha com chave de ouro essa obra prima do cinema fantástico. Recomendo não somente o filme, mas também o Cebolitos e a cerveja.  Nota 10.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Uma Família em Apuros (Parental Guidance)


Depois de assistir alguns filmes densos, nada mal equilibrar com uma comédia leve do tipo que passava nos bons tempos da Sessão da Tarde. Se bem que Uma Família em Apuros (2012) tem lá os seus momentos dramáticos também.. Já que aborda justamente a dificuldade de relacionamento entre membros de uma família.

Na história, Artie (Billy Crystal) é um locutor desempregado que junto com sua esposa (Bette Midler), são chamados pela filha (Marisa Tomei) para tomar conta dos seus três netos, enquanto esta planeja viajar com seu marido (Tom Everett Scott). Tudo muito bonito, até descobrirmos que a família anda afastada por um bom tempo e que o avós nem se lembram direito da fisionomia das crianças. Isso tudo ocorre principalmente por causa da divergência na educação dos avós mais liberais e o método moderno e politicamente correto utilizado pelos pais.

É claro que a espinha dorsal do filme será o atrito entre essas gerações que irão gerar algumas situações hilárias envolvendo principalmente o personagem de Billy Crystal. com as três crianças.

Por falar em Billy Crystal ele está ótimo e com uma química excelente e até surpreendente com a Bette Midler. Os melhores momentos são quando ambos estão em cena com os pequenos. Marisa Tomei está maravilhosa como sempre.

O diretor Andy Fickman entrega aqui um trabalho bacana, mas que poderia ser ainda melhor. Digo isso porque do meio para o final, o filme vai perdendo um pouco a sua graça. Sem falar que o sono apareceu do nada e confesso até ter dado pequenas cochiladas. E nem foi por causa da previsibilidade do roteiro. Achei que no final, os conflitos dos personagens foram solucionados muito rapidamente e aí a história descarrilou de vez.

Fica a bonita mensagem sobre como lidar com as diferenças em prol de um bom convívio familiar. Nota 6.



sábado, 18 de maio de 2013

A Caça (Jagten)


O diretor dinarmaquês Thomas Vinterberg é um dos principais nomes responsáveis pelo movimento Dogma 95, junto com Lars von Trier. Criado na época em que o cinema comemorava seu centenário, esse movimento consistia em uma série de regras que deveriam ser seguidas à risca pelos cineastas ao filmar seu filmes. A principal intenção era de realizar obras menos comerciais, se afastando ao máximo da receita hollywoodiana. Com isso, Vinterberg estreou com Festa de Família, que é até hoje seu filme mais festejado.
Depois de muitos anos, sem obter o mesmo nível da sua estréia, ele chega com A Caça (2012), um filme extremamente bem realizado e desconcertante.

A pedofilia já foi retratada diversas vezes no cinema e em outras artes como a literatura por exemplo. É um tema que sempre mexe muito com a gente pela gravidade de toda a situação. No entanto, Vinterberg joga sua lupa nas consequências de uma falsa acusação feita pela menina Klara (Annika Wedderkopp) à Lucas (Mads Mikkelsen), seu professor da creche. Lucas que já passava por problemas devido ao divórcio e a perda da guarda de seu filho, ainda não fazia idéia do que estaria por vir. Em um momento de brincadeira do professor com outras crianças, Klara, avança na direção de Lucas e rouba-lhe um beijo na boca. Posteriormente, Lucas chama a atenção da criança, informando que aquilo ali não estava certo. A menina por sua vez, fica imensamente magoada e após a aula, informa à diretora da creche que não gosta de Lucas por causa do seu pipi duro (sendo que em um momento anterior do filme, vemos Klara ouvindo comentários pornográficos do seu irmão com um amigo, após estes observarem fotos de filmes pornôs). A diretora é óbvio, fica aterrorizada com essa declaração da menina, e daí pra frente meus amigos, a vida de Lucas vai se transformando num verdadeiro inferno. A história da falsa acusação toma proporções gigantescas, onde os habitantes daquela região querem condenar o professor de qualquer jeito, sem levantar nenhuma desconfiança de que a criança poderia estar mentindo. Nós, meros espectadores, sofremos com Lucas, pois temos absoluta certeza de que ele é inocente.

A obra levanta questões importantíssimas, e esse filme deveria ser assistido, por diretores de escola, juízes, assistentes sociais, etc... eu diria até por todos. Ele aborda o quanto uma mentira, mesmo vindo de uma criança, pode devastar com a vida de uma pessoa inocente. Lucas, mesmo provando sua inocência, ficará marcado para sempre com esse absurdo de história. Por outro lado,entendemos algumas atitudes daquelas pessoas da comunidade. É só se imaginar naquela situação. Em quem você confiaria? Pois é...

O roteiro do própio diretor com Tobias Lindholm é tenso e muito bem amarrado. Até mesmo no seu final, onde li algumas críticas negativas.

O filme cresce cada vez mais na minha memória e a nota não poderia ser outra. Realmente meu brother Celo Silva tem razão: um dos melhores filmes do ano. Nota 10.



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Desconstruindo Harry (Deconstructing Harry)


Cheguei cansado em casa depois do trabalho e com uma vontade imensa de assistir qualquer coisa do Woody Allen. Fiquei na dúvida se veria ou não um filme, pois estava quase dormindo no sofá. De repente coloquei Desconstruindo Harry (1997) e como mágica o sono simplesmente desapareceu. Uns três dias depois numa conversa sobre esse fato com meu amigo Renan Nogueira, que também é fã do diretor, fiz o seguinte comentário: "Woody Allen me tira o sono". O mesmo Renan sugeriu que eu colocasse essa frase no blog. E eu ainda completei: "Tira o sono no melhor sentido, é claro". Lembro que assisti Noivo neurótico, Noiva nervosa pela primeira vez acordando na madrugada e ligando a televisão no Corujão. Depois não dormi mais até o filme acabar.

Desconstruindo Harry reúne todos os ingredientes que um fã do diretor conhece e muito bem. O Harry (Woody Allen) do título é um escritor que se vê num furacão de problemas após lançar seu último livro quase autobiográfico, onde ele cita acontecimentos reais com parentes, ex - mulheres e amigos. Estes por sua vez ficaram completamente aborrecidos em como foram retratados na obra e procuram Harry para tirar alguma satisfação. Com isso, à princípio o autor não tem nenhuma companhia para uma homenagem que irá receber da faculdade onde foi expulso quando era mais jovem. Me lembrei de Morangos Silvestres do Ingmar Bergman, que por sinal é um dos diretores prediletos de Allen.

O filme é um recorte de várias características de Harry, e do própio Woddy Allen, é claro. Ele apresenta inclusive aquilo que é retratado no livro com seus diversos personagens. Há um certo momento em que o personagm do livro se encontra com o personagem real. Puro deleite. Nesse momento me lembrei de outro filme do diretor: A Rosa Púrpura do Cairo.

Talvez um dos poucos aspectos negativos no filme, seja o excesso de personagens não sobrando tempo para explorá-los um pouco mais. É impressionante a quantidade de atores famosos que adoram trabalhar com o diretor, mesmo sem receber um salário astronômico. Nesse filme temos Demi Moore,Robin Williams,
Stanley Tucci,Amy Irving, Kirstie Alley,Tobey Maguire,Jennifer Garner,Elisabeth Shue,Billy Crystal e até uma participação minúscula do Paul Giamatti.

Recomendo principalmente para os fãs do diretor incluindo meu amigo Renan Nogueira. Nota 8.

domingo, 12 de maio de 2013

O Homem Bicentenário (Bicentennial Man)


Chris Columbus sabe realizar filmes para divertir o público. Quer exemplos? Ele dirigiu os dois pimeiros filmes de Harry Potter, Esqueceram de Mim, Uma babá quase perfeita, o primeiro Percy Jackson e muitos outros. Além de roteirizar Gremlins e os Goonies. O Homem Bicentenário (1999), é mais um exemplar dessa sua capacidade de entreter as massas. E nesse caso, de  fazer refletir também.


A história apresenta uma família que acabou de adquirir um robô (Robin Williams) altamente qualificado para realizar os principais afazeres domésticos. Aos poucos, o robô demonstra alguns comportamentos que se assemelham aos de um humano e com o decorrer da trama, o desejo de se tornar mais parecido possível com um homem só aumenta. Depois de muitos anos, ele conhece um cientista (Oliver Platt) que vai auxiliá-lo nessa sua busca.

Achei o início do filme bastante promissor, com uma mistura leve de comédia com toques dramáticos. Mas perde um pouco sua força da metade para o final, onde a trama se amarra muito na transformação física do robô para um ser humano. Na minha opinião, o filme poderia ter uns 20 minutos a menos.

Robin Williams sempre com aquele sorriso característico está mais canastrão como nunca. Gosto de alguns dos seus filmes mas não o considero um grande ator. O mesmo eu digo do Sam Neill que aqui interpreta o pai da família.

O filme tem cenas bonitas e uma mensagem muito bacana sobre a condição de ser um humano. Tudo que o robô mais desejava era sentir certas coisas que para nós, se tornaram comuns, como por exemplo: sentir calor, frio, cheiro, gosto,cócegas, arrepios, etc...

Uma obra que poderia ter um resultado melhor, mas que vale a pena assistir assim mesmo. Nota 6.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mama















Pura coincidência eu falar de Mama (2013) na semana do dia das mães. Mesmo sendo um filme de terror, tem como um dos principais assuntos, o amor de mãe. Com isso, o filme também ganha cargas dramáticas bem eficientes ao meu ver.

Guillermo del Toro, que aqui atua como produtor, vem apostando em novos nomes que vem dando certo. Ele comprou a idéia de um curta metragem com menos de 4 minutos dirigido por Andres Muschietti. e decidiu transformá-lo em um longa dirigido pelo mesmo Andres. Com todos os clichês inerentes a esse tipo de filme, achei a obra bem bacana.

A trama nos leva para dentro de uma cabana no meio de uma floresta, onde um pai enlouquecido que acabara de assassinar a própia esposa, decide acabar também com a vida das duas filhas. Antes disso acontecer, um espírito surge e impede esse ato. O pai das meninas é morto pela assombração que por sua vez decide adotar essas crianças. Após cinco anos, as meninas são encontradas com características e comportamentos bem estranhos. Depois de serem examinadas em um hospital, são levadas para a casa dos tios que topam cuidar das meninas. Annabel (Jessica Chastain), a tia, nunca teve sonho de ser mãe e sofre muito com essa situação. Aos poucos, com a convivência das crianças, esse sentimento vai aflorando cada vez mais. No entanto, o espírito (a Mama do título) da cabana também migra para a tal casa e aí se inicia o desespero do casal.

Jessica Chastain está maravilhosa, mas o destaque vai mesmo para as garotinhas Megan Charpentier e Isabelle Nelisse. A personagem dessa última então, em certos momentos dá calafrios.

Gostei demais da cena em que o médico das meninas visita a cabana para investigar a assombração. Bem conduzida e muito sinistra.

Na minha opinião, o filme vai numa curva ascendente até a sua parte final. Achei interessante e até bonita a conclusão, porém com uma sequência esticada demais. Enfim... nada que estrague a apreciação.

Gostei e minha esposa que assistiu comigo também gostou. Nota 8.




segunda-feira, 6 de maio de 2013

Para Maiores (Movie 43)
















Caros leitores. Eis aqui um exemplar que é completamente o oposto do filme citado no post anterior. Enquanto o outro é comportadinho demais, esse transborda o politicamente incorreto. Portanto, quem não curte piadas de humor negro, escatologia e sacanagem, fujam desse filme.

Para Maiores (2013) é uma comédia em esquetes com uma história que liga todas as outras. Cada uma conduzida por um diretor. Entre eles: Peter Farrely (ele tinha que estar nessa), Brett Ratner,Elizabeth Banks,Steven Brill,Griffin Dunne, entre outros...

Muitos devem se perguntar no decorrer da sessão, o que exatamente foi feito para aquele bando de atores consagrados terem aceitado participar de um espetáculo nonsense como aquele?  Estão lá ninguém mais ninguém menos que: Hugh Jackman, Emma Stone, Kate Winslet, Naomi Watts,Richard Gere,Halle Berry,Chloë Grace Moretz,Gerard Butler,Anna Faris, Elizabeth Banks,Justin Long e muito mais...

A história que é a espinha dorsal do filme, apresenta dois típicos nerds  tentando encontrar um filme misterioso chamado movie 43 . Durante a busca, eles entram em contato com diversos vídeos que são exatamente as histórias que compõem todo o filme. Daí pra frente meus amigos e amigas é um festival de bizarrices. Exemplos? Que tal ver o personagem de Hugh Jackman com testículos no pescoço, mergulhando-os acidentalmente em um prato de sopa num chique restaurante? Ou  a personagem de Anna Ferris pedindo para seu amado cagar em cima de seu corpitcho? Ah e tem também um triângulo amoroso envolvendo um gatinho em desenho animado muito do sacana.

O grande problema é que algumas histórias são melhores que outras e isso demonstra uma certa irregularidade da obra no final das contas. Lembrei exatamente do filme Amazonas na Lua que sofre com a mesma situação. Acho que uma exceção é Paris, Te Amo.

Alguns eu simplesmente não gostei, como o segmento dos super heróis e o que tem o Richard Gere.

Estava lendo no blog do Ailton (Diário de um Cinéfilo), que vários atores não compareceram na pré - estréia do filme. Porque será hein?  Li também em outro site que o George Clooney desistiu de participar dessa bagunça.

No final, vale a pena se divertir com o filme. É só não levar a sério e perceber até mesmo algumas críticas no meio de tanta piada suja e idiota. Nota 5. 

domingo, 5 de maio de 2013

Quatro Amigas e um Jeans Viajante (The Sisterhood of the Traveling Pants)


















Já tem um tempinho que assisti esse filme com a minha esposa e portanto, vou postar o que restou na minha memória.

Quatro Amigas e um Jeans Viajante (2005) é basicamente um filme sobre a amizade e o amadurecimento na fase da adolescência. Um tema explorado de diversas formas no cinema e em outras artes também. O grande problema do filme na minha opinião reside justamente na forma muito convencional em que a trama é conduzida. Achei que o diretor Ken Kwapis (que também dirigiu Ele Não Está tão a Fim de Você) poderia ter ousado um pouco mais ao apresentar os problemas ocorridos com cada uma de suas personagens. Acho mesmo que a intenção era agradar um público adolescente específico. No entanto a obra também tem lá suas qualidades.

As quatro amigas do título são: Tibby (Amber Tamblyn), Lena (Alexis Bledel da série Gilmore Grils),Bridget (Blake Lively) e Carmen (America Ferrera da série Ugly Betty). Todas se conhecem desde crianças e se tornaram inseparáveis amigas. Chega um certo momento da trama em que cada uma vai seguir um caminho diferente. Nesse momento vocês devem estar se perguntando: Onde entra o famoso jeans do título?  Em uma loja de roupas, onde todas experimentam a mesma calça e ... voilá... ela cabe direitinho em todas, mesmo cada uma tendo um corpitcho diferente da outra. Com isso o jeans se transforma em uma espécie de símbolo daquela união e mesmo com a distância, elas determinam que cada uma irá ficar com a calça por um determinado período e posteriormente passar para a outra. No decorrer da trama elas enfrentarão problemas amorosos, familiares e dificuldades em lidar com o passado.

A personagem que mais me identifiquei foi com a de Amber Tamblyn (me lembrei dela em O Chamado), que trabalha em uma locadora e sonha ser cineasta. Nenhuma se destaca mais que a outra e isso é um ponto positivo do filme. A fotografia é belíssima, principalmente nas cenas filmadas na Grécia onde Lena passa um bom tempo.

Um pequeno entretenimento com uma mensagem bonita sobre amizade. Nota 5.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Killer Joe - Matador de Aluguel (Killer Joe)














Se você conidera sua família problemática ou conhece alguma que prefere manter certa distância para não se sujar com a merda no ventilador, precisa assistir Killer Joe - Matador de Aluguel (2011). Talvez sua opinião até mude, já que o filme apresenta uma família completamente decadente e fora dos padrões do "american way of life". Aqui não existe a mínima possibilidade de torcer para um ou outro personagem, pois todos são filhos da puta ao extremo e agem como se não estivessem fazendo nada de errado. Apesar disso tudo, o grande mérito desse filme dirigido por William Friedkin (diretor de O Exorcista e Operação França) é conseguir manter uma tensão na maior parte do tempo e nos deixar de olhos bem abertos ansiosos por descobrir até onde aquela história vai nos levar.

O filme logo de cara nos brinda com os pelos pubianos de Sharla (Gina Gershon) ao abrir a porta para Chris (Emile Hirsch), filho do seu marido (Thomas Haden Church). Chris que é um jovem traficante, está desesperado atrás de dinheiro, pois seu estoque de drogas simplesmente desapareceu, e necessita pagar o quanto antes, senão será assassinado. Juntamente com seu pai, planeja meter a mão no dinheiro de uma maneira nada fofa: matar a própia mãe para obter a grana do seguro. Aí é que entra o tal Joe (Matthew McConaughey) do título. Um assassino profissional que é contratado pela família para executar esse serviço. Só que ninguém tem como pagar adiantado. Qual foi a solução encontrada por eles? Oferecer Dottie (Juno Temple) a irmã mais nova de Chris, para fazer sexo com o matador como garantia até que eles encontrem o dinheiro.

Até então, já estamos mergulhados na sujeira que é aquele grugo de pessoas e a impressão que fica o tempo inteiro é que uma hora a merda vai explodir para todos os lados. E é exatamente o que acontece lá pelo final do filme com cenas violentas e repulsivas.

Gostei bastante, mas confesso que esperava mais um pouco. Li muitas críticas antes de assistir e isso talvez tenha prejudicado a apreciação.

Muitos reclamam sobre a violência e a nudez gratuita do filme. Na minha opinião, tudo foi compatível com as características daqueles personagens, que por sinal, foram muito bem apresentados.

Destaques para todos os atores em cena. Simplesmente dão um show.

Após a sessão, quero ver quem tem coragem de dar um pulinho no KFC. Nota 8.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

007 Contra o Satânico Dr. No (Dr. No)














Não... não é piada de primeiro de abril. Vou logo avisando.
Sabe daquele filme que todos os seres voadores e rastejantes desse planeta já assistiram, menos você? Pois é meus fofos e tolerantes leitores. Comigo aconteceu de nunca ter visto um 007 sequer em toda minha insignificante vida. Dos filmes do agente secreto, só tinha visto alguns trechos que passavam na sessão da tarde há muito tempo. Portanto, amigos acreditem: assisti um filme inteirinho do maior "canalha" da história do cinema. Digo "canalha", pois só nesse filme ele saiu com três mulheres.

Decidi começar pelo primeiro da série criada por Ian Fleming. 007 Contra o Satânico Dr. No (1962) já conquista a gente logo nos créditos iniciais, cheio de cores e a música tema que todos conhecem.

Na trama, James Bond (Sean Connery), é convocado para investigar o sumiço de um agente britânico. Essa missão vai levá-lo até uma misteriosa ilha controlada pelo Dr. No (Joseph Wiseman), um cientista com planos de interferir no lançamento dos foguetes americanos.

Como já havia dito, o cara seduziu três moças logo de cara. No entanto, a que levou fama de primeira Bond Girl foi Ursula Andress, por ter interpretado a mocinha que ajuda nosso herói e é claro pela beleza da atriz.

Uma pena o filme não ter me seduzido por completo. Não que seja ruim, mas de fato não me divertiu e isso é um problema em se tratando de um filme de ação. O que dizer de Sean Connery? Difícil imaginar outro 007 igual. Tive lendo em outros sites que a primeira opção era Roger Moore, que por sua vez não pode participar devido á outros compromissos. Ian Flemming queria incialmente que o Dr. No fosse interpretado pelo seu sobrinho Christopher Lee.

O diretor Terence Young também dirigiu outros filmes da série que pretendo ver em breve.

Um filme bacana, mas que ficou aquém das minhas expectativas. Nota 7.

segunda-feira, 25 de março de 2013

O Mestre (The Master)













Já tem um tempinho que assisti O Mestre (2012), o mais recente filme do grande diretor Paul Thomas Anderson (ou PTA para os íntimos). Vou tentar transmitir um pouco da sensação que a obra provocou em mim.

Gosto demais dos trabalhos anteriores do PTA, e minhas expectativas que estavam nas alturas foram correspondidas. Não que o filme seja perfeito, mas chega bem próximo disso. A fotografia composta por Mihai Milaimare Jr. casa perfeitamente com a trilha realizada por Jonny Greenwood (guitarrista do Radiohead) que por sua vez pontua perfeitamente o roteiro escrito pelo própio diretor.

Na história, Fredd Quell (Joaquin Phoenix) é um marinheiro tentando catar os caquinhos da sua vida após a guerra. Desesperado e com sérios problemas com o álcool, ele conhece de uma forma inesperada, Lancaster Dodd (Phillip Seymour Hoffman), um líder de uma seita conhecida como A Causa e que enxerga em Freddie, um sujeito que pode comprovar a relevância da sua organização. Para isso Fredd terá que passar por diversos procedimentos realizados por Lancaster até chegar em um nível de auto - controle.

A interpretação desses dois atores é um show à parte. Os melhores momentos do filme são quando esses dois "monstros" estão juntos. Amy Adams, que interpreta a esposa de Lancaster também está muito bem, mas fica ofuscada diante do trabalho dos outros dois.

O filme em certos momentos apresenta um embate entre a moral e a natureza descontrolada do ser humano e que nos leva a cair em contradições em certos momentos da vida.

O Mestre ao meu ver, merecia estar entre os indicados a melhor filme do Oscar. Um dos melhores filmes do ano até o momento. Nota 9.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Bárbara (Barbara)
















Bárbara (2012) é um filme que prende sua atenção do início ao fim. Ao mesmo tempo, apresenta uma narrativa fria que não entrega quase nada sobre o passado da protagonista. Acredito que essa opção do diretor Christian Petzold foi proposital para tornar tudo meio misterioso.

Sabemos logo de cara, que Bárbara é médica e foi transferida para um hospital de uma cidade na Alemanha Oriental, (a trama se passa antes da queda do muro) e que sua relação com outras pessoas é extremamente distante. Com o passar do tempo, descobrimos um pouco mais sobre a moça e suas motivações. Sua intenção é fugir para o lado ocidental do país com a ajuda do seu namorado que mora do outro lado do muro. Só que seu plano pode ir por água abaixo, pois está sendo vigiada o tempo quase inteiro por agentes do governo. Tudo isso nos faz imaginar que Bárbara é provavelmente alguma rebelde que não concorda com o sistema governamental de seu país e por isso, foi transferida para outra cidade. Aos poucos, ela cria uma relação mais estreita com André (Ronald Zehrfeld) um médico dedicado e atencioso com seus pacientes e que tem grande importância na trama.

Gostei demais da fotografia do filme e principalmente da atuação de Nina Hoss imersa em sua personagem sofrida e desiludida com as condições da sua pátria.

Uma agradável surpresa do cinema alemão que ao meu ver deveria estar entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Eu e minha mãe saímos muito satisfeitos com o resultado da obra que lá pelo seu final, apresenta um pingo de luz no meio da escuridão. Nota 8.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Amor (Amour)















Domingo chuvoso com muita gente acompanhando os blocos de carnaval que inundam toda a cidade nessa época de folia. Era o meu dia de folga e aproveitei para dar uma escapadinha no cinema para assistir ao vencedor da Palma de Ouro em Cannes do ano passado. Me sentei em uma poltrona da primeira fileira e me senti igual aos personagens de Os Sonhadores do Bertolucci, recebendo a imagem antes do restante da platéia. Amor (2012) de Michael Haneke pode ser frio, lento e cru, mas me agradou imensamente e suas imagens não saem da minha cabeça. Logo no início, já me conquistou apresentando a imagem da platéia em um teatro. A impressão que fica, é que nós estamos sendo observados por essa platéia.

Há momentos sublimes envolvendo o casal Anne (Emmanuelle Riva) e Georges (Jean-Louis Trintignant) e outros mais difíceis envolvendo a doença de Anne e todo seu sofrimento. Haneke não força a barra para o drama fácil e nos apresenta a situação como ela realmente é.

Como já disse, a história foca na relação desse casal octogenário que demonstram muita força mediante todas as complicações que surgem com o avanço da doença de Anne e o esforço de Georges para cuidar da esposa que ama.. Não vou falar muita coisa para não estragar a apreciação dos leitores desse blog. Achei o desfecho bem a cara do cinema de Haneke.

Os atores estão muito bem. Tanto Emmanuelle Riva (que também atuou em Hiroshima mon amour) quanto Jean-Louis Trintignant merecem prêmios por toda a entrega. Outra que tem uma participação rápida mas importante é Isabelle Huppert interpretando Eva, a filha do casal.

Adoro os filmes com poucos cenários. Aqui a história se passa quase toda dentro do apartamento do casal.

Envelhecer não é fácil e Haneke simplesmente esfrega isso na nossa cara. É preciso muita força e... amor. Nota 9.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Django Livre (Django Unchained)













Ir ao cinema assistir um filme de Quentin Tarantino é sempre um grande acontecimento para mim. Além de ser um dos maiores cineastas da atualidade, foi um dos principais responsáveis na formação desse cinéfilo que aqui escreve. Seu cinema recheado de referências me fez entrar em contato com obras magníficas, além de aumentar minha apreciação pelo cinema de autor. Django Livre (2012) é mais um excelente filme do diretor que aqui homenageia principalmente um dos seus gêneros preferidos: o western spaghetti. Valeu a pena esperar pela enorme fila do UCI Norte Shopping e só conseguir comprar para a sessão das 20:55, pois nesse horário, eu tive a grata surpresa de reencontrar já dentro da sala um casal de amigos que não via há tempos. Tanto Rick Martins quanto Dani Cotrim são fãs de Tarantino e esse inesperado reencontro não podia ter sido melhor.

Voltando ao filme, para os que ainda não sabem, o título é uma referência ao primeiro Django rodado em 1966 e estrelado por Franco Nero que aqui faz uma pequena participação. Logo no início, visualizamos um logo antigo da Columbia Pictures para em seguida ao som da música tema de Django, surgir escravos marchando acorrentados diante de um intenso calor. Entre eles se encontra Django (Jamie Foxx), que não demora muito para ser retirado daquelas condições pelo Dr. King Schultz (Christoph Waltz), um dentista caçador de recompensas que pretende contar com a ajuda do protagonista para concluir a sua missão: encontrar e capturar vivos ou mortos três homens. Os dois com o passar do tempo se tornam parceiros e Django pretende nesse nova condição, resgatar a sua esposa Broohmilda (Kerry Washinton) das mãos de um rico fazendeiro (Leonardo DiCaprio).

Esse western na época da escravidão podia ser um filme comum nas mãos de um outro diretor . Mas aqui, o que se vê, é um desfile de imagens realizada por um apaixonado pelo cinema, que também entrega mais um excelente roteiro. Alguns podem até reclamar de algumas diferenças na condução da narrativa e da ausência de capítulos que dividiam as histórias. Mas ao meu ver, a essência do seu trabalho está toda ali. Cenas violentas? Tem sim senhor...  Diálogos afiados? Com certeza... Trilha sonora matadora? Essa é uma especialidade do Tarantino. Só ele mesmo para misturar hip hop com filme de bang bang. E as referências? Tem de Sergio Leone até blacksploitation.

Leonardo DiCaprio e principalmente Samuel L. Jackson (olha ele aí de novo) roubam a cena na minha opinião. Jackson interpretando um negro racista é um show à parte. Os demais estão todos bem.

Não chega a ser uma obra prima se compararmos com alguns trabalhos do diretor. Mas é bom pra cacete e saí do cinema feliz da vida. Ainda tive tempo para uma boa conversa com o Rick e a Dani na saída do cinema. Ambos satisfeitos com o filme também. Pena que foi uma conversa rápida, pois já era tarde e no dia seguinte tinha que acordar cedo para trabalhar.

Um filme com 165 minutos que passam voando. Já estou com vontade de assistir novamente. Nota 9.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Além das Montanhas (Dupa Dealuri)
















Depois do brilhante 4 meses, 3 semanas e 2 dias, Cristian Mungiu está de volta com uma outra porrada cinematográfica que joga mais uma luz no cinema romeno. Além das Montanhas (2002) não impressiona tanto quanto o filme anteiror do diretor, mas contém uma crueza inerente ao seu trabalho que deixa uma sensação perturbadora na gente. Quem conhece o trabalho do cara sabe do que estou falando.

A trama vai aos poucos apresentando as protagonistas da história. As amigas Voichita (Cosmina Stratan) e Alina (Cristina Flutur) foram criadas em um orfanato e dali nasceu um vínculo muito forte entre as duas. Com o tempo, cada uma seguiu seu caminho, com Voichita dedicando sua vida em um monastério e Alina indo trabalhar na Alemanha. Fica claro que existe algo a mais na relação das duas e esse fato faz com que Alina vá ao encontro da antiga amiga com o intuito de tirá-la daquele lugar. Voichita por sua vez não consegue se imaginar longe do seu trabalho na igreja, e tenta em diversos momentos convencer Alina de que o melhor a ser feito, é ter fé e se entregar por completo à Deus. Os conflitos de interesses e valores que surgem entre essas pessoas no monastério, são ingredientes para a elaboração de um desfecho trágico iminente. Tolerância, loucura, poder,religiosidade,amor, possesão, fé, ciência,etc... tudo isso e muito mais é retratado por Mungiu  sem julgamentos. Não vou escrever mais, para não entregar tanta coisa da história.

O roteiro vencedor de Cannes no ano passado escrito pelo própio diretor, foi baseado em fatos ocorridos na Moldávia em 2005 que foram registrados por Tatiana Niculescu em alguns romances.

Cosmina Stratan e Cristina Flutur deram um show e mereceram o prêmio em Cannes.

Achei apenas que sua duração podia ser um pouco menor. No final das contas o saldo foi extremamente positivo.

Mungiu entrega mais uma obra forte e competente. Nota 8.



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O Som ao Redor


















Finalmente chegou aos cinemas, o tão aguardado longa de estréia de Kleber Mendonça Filho. Depois de realizar alguns curtas metragens aclamados pela crítica e pelo público, aqui ele entrega uma obra diferenciada no que diz respeito ao cinema nacional. E o que justifica todo o hype em torno de O Som ao Redor (2012)? É claro que os prêmios conquistados em diversos festivais nacionais e internacionais ajudaram na propaganda do filme. Na minha opinião, o principal diferencial está no formato que o diretor optou em apresentar suas mensagens.

Aqui não tem protagonistas e sim um mosaico de personagens que se relacionam entre si e com o som. Aliás o som é o que podemos chamar de protagonista nesse filme tamanha a sua importância. Tudo se passa em uma rua do Recife, mas podia ser no Rio de Janeiro, na Paraíba, São Paulo, Manaus, ou qualquer lugar do país, pois o cotidiano mostrado na tela ultrapassa qualquer diferença de sotaques.

O filme inicia apresentando fotos antigas mostrando trabalhadores nas lavouras (provavelmente explorados) ralando demais para garantir ao menos um prato de comida na mesa. Em seguida Kleber já demonstra seu talento apresentando crianças brincando dentro de um condomínio. Nesse momento me lembrei de uma cena de O Iluminado de Stanley Kubrick em que a câmera acompanha o menino pelo hotel com o velocípede. Aos poucos seus personagens irão sendo apresentados e já percebemos uma certa tensão no ar. A sensação é que em qualquer momento alguma merda irá acontecer.
Algo também muito perceptível é a diferença de classes mostrada principalmente nas relações entre os empregados e seus patrões. Fica evidente que muita coisa da época da escravidão ainda se mostra  presente. Pessoas continuam sendo exploradas e escravizadas só que com uma nova roupagem. Tudo contribuindo para um clima tenso. Aliás, tensão essa que cada um dos personagens parecem guardar dentro de si. Aqui vemos uma dona de casa que tem insônia e sofre com os latidos de um cachorro, um corretor de imóveis desconfiado do seu primo ter roubado o aparelho de cd da sua nova namorada, um rico propietário de imóveis que se acha no direito de ter privilégios graças á sua influência, milicianos que surgem do nada cobrando uma taxa dos moradores para dar segurança aos mesmos e que na verdade, acontece o oposto... enfim são vários personagens que tem as mesmas relevâncias.

Além do esplêndido trabalho do diretor, temos que bater palmas para os responsáveis pela fotografia com seus belíssimos enquadramentos e o som que é usado a favor do filme. Uma beleza.

Dos atores, eu conhecia apenas o Irandhir Santos que cada vez mais conquista seu espaço no cinema de qualidade. O restante do elenco também mandou super bem e dentro da medida.

Uma obra que cresce na mente com o passar do tempo. Merece ser revisto sempre.

Já prestaram a atenção no som ao redor? Nota 10.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Origem dos Guardiões (Rise of the Guardians)















Já foi o tempo em que pais do mundo inteiro bocejavam nos cinemas diante de filmes infantis escolhidos pelos filhos. Junto com a evolução dos diversos estúdios de animação, essas histórias ganharam novas roupagens com roteiros agradáveis para as diversas faixas etárias. Nos dias de hoje, muitas vezes vemos mais adultos que crianças na fila para assistir esses filmes. Não foi o caso na sessão desse Sábado de A Origem dos Guardiões (2012). Talvez pelo momento de férias da molecada e também pelo fato do filme estar em exibição em apenas uma sala no UCI do Norte Shopping, pois já tem tempo que entrou em cartaz.

A trama dirigida por Peter Ramsey e baseada nos livros de Willian Joyce, apresenta diversos personagens famosos que são os guardiões responsáveis na manutenção da fantasia e inocência da criançada. Entre eles: Papai Noel, Coelho da Páscoa, Fada do Dente e Sandman. Em seguida, eles recebem o reforço de Jack Frost, o mais recente guardião que não se considera preparado para essa função. Todos unidos para lutar contra o Bicho Papão que pretende disseminar o medo entre crianças.

Assisti em 3D junto com minha mãe e minha tia e posso dizer que valeu a experiência pois o filme é visualmente deslumbrante em alguns momentos. Por outro lado, não gostei das cenas das batalhas. Mas o que mais me incomodou mesmo foi o roteiro sem muita graça e bastante infantil. E olha que nem criei tanta expectativa assim.

A obra tem as vozes originais de Chris Pine, Alec Baldwin, Isla Fischer, Hugh Jackman e Jude Law. A dublagem teve Thiago Fragoso e Isabelle Drummond.

Valeu apenas pelo belo visual e pela sua bacana mensagem. Nota 5.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Procura-se um Marido (Miss Conception)














Para não perder o pique e não deixar a preguiça contaminar, venho relatar sobre o primeiro filme que assisti em 2013 na companhia da minha esposa. Por falar em ano novo, desejo do fundo do meu coração aos meus queridos leitores, muita paz, saúde e que a esperança permaneça acesa diante das porradas da vida. Que nesses momentos mais difíceis, possamos lidar com a situação transformando em aprendizado e força para seguir em frente na busca dos nosso objetivos. Que Deus ilumine o caminho de todos.

Voltando ao nosso assunto inicial, até que Procura-se um Marido (2008) não é tão ruim quanto eu imaginava. Mesmo com problemas, o filme dirigido por Eric Styles, ganhou minha simpatia ao apresentar Georgina (Heather Graham) uma mulher com um imenso desejo de ser mãe e que vai encontrar diversas dificuldades para engravidar. Além do seu namorado Zak (Tom Ellis), não estar preparado para ser pai, ela descobre através de um exame que possui apenas um último óvulo. Daí para frente, Georgina precisa correr contra o tempo para conseguir gerar um filho.

É importante lembrar que se trata de uma comédia com alguns momentos divertidos.

Tirando Heather, que na minha opinião leva o filme nas costas, o restante do elenco não está bem, incluindo aí o já citado Tom Ellis e Mia Kishner que faz o papel da melhor amiga de Georgina.

Um filme previsível que pode agradar. Nota 6.