domingo, 26 de junho de 2011

Cisne Negro (Black Swan)



Já estamos em Junho e até o momento, não fui ao cinema assistir um lançamento sequer. A falta de tempo e dinheiro contribuíram para a minha ausência. Somente agora é que estou conseguindo assistir alguns filmes lançados esse ano que já chegaram às locadoras.

Com Cisne Negro (2010) dando sopa na prateleira, peguei para assistir essa maravilha dirigida pelo talentoso Darren Aronofsky. Ele que parece sempre levar os seus personagens ao extremo. Aqui não é diferente.

O foco é na personagem Nina (Natalie Portman), uma ótima e dedicada bailarina que se torna a favorita para encenar o papel principal (Cisne Branco e Negro) da peça O Lago dos Cisnes. O coreógrafo (Vincent Cassel) responsável pelo espetaculo acha que Nina é pefeita na composição do Cisne Branco, mas não tem a sensualidade e a malícia necessária para interpretar com pefeição o Cisne Negro, e com isso, ela corre o risco de perder a sua tão sonhada oportunidade. Essa busca pela perfeição da personagem acaba se tornando um tormento para Nina. Soma-se à isso toda a pressão do coreógrafo, problemas na relação com a mãe supeprotetora (Barbara Hershey)e a chegada de uma nova bailarina (Mila Kunis) que possuí todo talento para interpretar o Cisne Negro. Daí para frente meus amigos, é uma viagem aterradora na mente de Nina onde realidade e pesadelo se misturam. Assim como acontece com outros filmes do Aronofsky, é impossível sair indiferente após o seu desfecho.

Eu ficaria o dia inteiro para citar as inúmeras qualidades dessa magnífica obra. Natalie Portman mereceu todos os prêmios que ganhou. Ela foi tão fundo na composição da sua personagem que acabou tendo um relacionamento com seu verdadeiro coreógrafo durante os ensaios. Mila Kunis que interpreta a sua rival está belíssima em todos os sentidos. Ambas entregam uma cena para lá de excitante no meio do filme. Outra que arrebenta é a veterana atriz Barbara Hershey. Temos também uma rápida participação de Winona Ryder.

A fotografia de Matthew Libatique e a música de Clint Mansell são outro destaques que não passam despercebidos e ajudam a compor o clima pertubador do filme.

Adorei também as cenas com os espelhos que são colírios para os olhos.

Não fiquei tão desnorteado como no final de Requiem para um Sonho, mas é impossível sair imune à dor de Nina.

Uma obra inesquecível e um forte candidato para entrar na lista de melhores do ano. Nota 9

domingo, 19 de junho de 2011

A Malvada (All About Eve)



Olá queridos visitantes do blog e apreciadores de um bom filme. Hoje vou comentar sobre um daqueles clássicos imperdíveis que tive o privilégio de assistir no conforto do meu sofá. A Malvada (1950) é de fato um grande filme e mereceu os diversos prêmios que recebeu, incluindo aí o oscar de melhor filme. E olha que na disputa tinha a obra prima Crepúsculo dos Deuses que continua sendo meu preferido.
Mas falando em A Malvada, é impressionante como o filme cresce em minha mente mesmo já se passando mais de uma semana que assisti. Tudo parece se encaixar perfeitamente na obra dirigida por Joseph L. Mankiewicz, onde ele descortina os bastidores do teatro e todas as suas mazelas.

A trama nos apresenta a atriz Eve Harrington (Anne Baxter)recebendo um prêmio. Através de flashback conhecemos melhor a trajetória de Eve, que se apresentou como fã da experiente atriz de teatro Margo Channing (Bette Davis) e que posteriormente acabou se tornando sua secretária. Com o decorrer da história, presenciamos toda a sujeira que uma pessoa é capaz de fazer para ascender na carreira. Outros personagens também são importantíssimos como do produtor Addison De Witt (George Sanders), do escritor Lloyd Richards (Hugh Marlowe) e da sua esposa Karen Richards (Celeste Holm).

Os atores dão um show à parte. O que dizer da atuação de Bette Davis? Repetir que é uma das melhores atrizes de todos os tempos é pouco para exprimir o que ela faz no filme. Simplesmente fenomenal. Anne Bexter é outra que dá um show. Só vendo para crer E não podemos esquecer George Sanders com seu importante personagem. De bônus, ainda temos Marilyn Monroe no início da carreira em uma pequena participação. Linda como sempre, dizem que a atriz despertou ciúmes na esposa de Sanders (a também atriz Zsa Zsa Gabor) que invadiu o set de filmagens. Destaco também a ótima presença da atriz Thelma Ritter (que trabalhou com Alfred Hitchcock em Janela Indiscreta).

Engraçado como em algumas capas do DVD, dá a impressão que a malvada do títlo é a personagem da Bette Davis, ainda mais se levarmos em conta que a atriz ficou famosa por interpretar várias vilãs no cinema.

O filme influenciou diversos outros e até mesmo algumas novelas brasileiras como Celebridade por exemplo.

Tem o mesmo número de indicações ao Oscar de Titanic: 14 no total. Venceu em 6.
Confesso que inicialmente a nota para o filme seria 8. Porém nos últimos dias a obra tem evoluído tanto nas lembranças das imagens e de alguns diálogos que me fez repensar na avaliação. Vendo por esse lado, foi até bom ter demorado um pouco para realizar a postagem.

Não poderia deixar de citar a extraordinária cena final do filme que fecha com chave de ouro esse clássico do cinema. Ah, a nota é claro... Nota 9.

domingo, 5 de junho de 2011

O Vencedor (The Fighter)



Apesar de não ser um fã de boxe, gosto muito dos filmes onde esse esporte aparece como pano de fundo. Touro Indomável, Menina de Ouro e Rocky - Um Lutador são alguns exemplos e esse O Vencedor (2010) é mais um para engrossar a lista. Achei apenas que faltou um pouco mais de emoção na obra, mas por outro lado me identifiquei bastante com o personagem Micky (Mark Wahlberg) onde o que ele mais deseja é que as pessoas ao seu redor convivam em paz umas com as outras.

O filme conta a história verídica do já citado Micky e de seu irmão mais velho Dicky (Christian Bale), um ex-lutador que se encontra afundado nas drogas e que também é seu treinador. Quem controla os negócios da família com unhas e dentes é a mãe (Melissa Leo) que tem ainda mais sete filhas. Micky sempre se sentiu na sombra de seu irmão e com isso, sua carreira anda meio estagnada. Até conhecer Charlene (Amy Adams), uma atendente de bar que se torna sua namorada. Ela o incentiva a trocar de treinador e empresário para tentar alavancar sua carreira no boxe.

A grande força do filme sem dúvidas está na interpretação dos atores. Mark Wahlberg não é visto como um dos grandes, mas aqui ele se encontra na medida. Me tornei um grande fã de Amy Adams no filme Encantada que além de bonita é uma atriz maravilhosa e aqui mais uma vez ela brilha na pele de uma mulher forte. Mas quem merece aplausos é mesmo Melissa Leo e Christian Bale. Não é à toa que eles faturaram o Globo de Ouro e o Oscar desse ano como ator e atriz coadjuvante. Bale (assim como fez em O Operário) emagreceu vários quilos para compor seu personagem viciado em crack e entrega mais uma bela atuação. Aliás falando em emagrecer, esse ainda é um dos meus objetivos para esse ano, mesmo já estando no mês de Junho. Enfim...antes tarde do que nunca.

Voltando ao filme, a competente direção é de David O. Russell, conhecido por trabalhos mais independentes.

A trilha sonora também é bacana. Adorei ouvir Saints da banda The Breeders e Good Times Bad Times do Led Zeppelin. Outro momento marcante é quando toca I Started a Joke dos Bee Gees envolvendo dois personagens.

No final, os verdadeiros Micky e Dicky dão o ar da graça. Nota 8.