sexta-feira, 31 de maio de 2013

Drácula (Dracula)


Quando assisto filmes bem antigos, tento me transportar mentalmente para a época em que ele foi realizado e exibido. Isso tudo com o objetivo de chegar próximo à sensação da platéia naquela época. Então eu paro e penso: se hoje, aquele olhar do Drácula interpretado por Bela Lugosi, me deu arrepios, imagine o efeito na platéia na década de 30?

Drácula (1931), dirigido pelo grande Tod Browning, consegue transmitir um clima bem sinistro já no seus minutos iniciais, onde um jovem e corajoso advogado (Dwight Frye), está disposto a visitar um misterioso castelo na Transilvânia, para tratar de um contrato com o morador daquele local: o Conde Drácula (Bela Lugosi). Este por sua vez, transforma o moço em uma espécie de criado que o auxilia na mudança para a cidade de Londres através de uma embarcação onde todos os tripulantes acabam sendo mortos. Após chegar à cidade, Drácula vai aos poucos fazendo suas vítimas com o intuito de saciar a sua sede de sangue humano, até se deparar com o Dr. Van Helsing (Edward Van Sloan), um grande conhecedor de vampiros.

O grande trunfo desse filme é sem sombra de dúvidas, a atuação de Bela Lugosi. Mesmo com seu sotaque diferenciado, é difícil encontrar outro ator que personifique melhor a imagem do vampirão. Outro que merece aplausos é Dwight Frye. É incrível a mudança no rosto do seu personagem após ser amaldiçoado pelo conde maligno. Frye também participou de vários filmes importantes da Universal naquela época.

A ausência da trilha sonora em diversos momentos contribui para que o filme fique ainda mais assustador ao meu ver. É que na época, o cinema ainda estava se adaptando à sua fase sonora e muitas salas só conseguiam passar filmes mudos. Por isso foram feitas duas versões desse filme. Uma delas sem som nenhum, justamente para ser exibida nessas salas.

O grande problema do filme reside do meio para o final, onde tudo acontece com muita pressa. Fiquei meio decepcionado quando chegou ao fim.

Mesmo assim, vale a pena conhecer essa obra que deve ter feito muita gente arrepiar os cabelinhos do pé e se cagar de medo com o olhar de Bela Lugosi dizendo: "Ouça-os: as crianças da noite. Que doce música eles fazem. Não acha?" Nota 7.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Férias Frustradas (National Lampoon´s Vacation)


Eu que esperava uma comédia familiar e bem besteirol, acabei me surpreendendo positivamente com este Férias Frustradas (1983). Também nem poderia ser diferente já que na direção temos Harold Ramis e quem assina o roteiro é ninguém mais ninguém menos que o nosso queridíssimo John Hughes que deixou muitas saudades. A história do filme é baseada justamente em um conto escrito pelo própio Hughes anos antes.

A trama apresenta uma tradicional família americana se preparando para viajar quilômetros de Chicago, até um parque que fica na Costa Oeste do país: o famoso Walley World. Logo de cara, percebemos que as coisas não vão dar muito certo. O carro que seria utilizado pela família na viagem teve que ser trocado por um outro inferior. É só o começo de uma sequência de absurdos que irão surgindo à cada quilômetro rodado. Nem vou entregar muita coisa para não estragar as surpresas. O que posso adiantar aqui é que o filme se trata de um road movie que passa bem longe do politicamente correto. A principal intenção dessa viagem é aproximar os membros dessa "família comercial de margarina". Com o tempo percebemos o quanto essa primeira impressão era só fachada.

Chevy Chase ficou marcado por esse filme, assim como a bela Beverly D´Angelo, interpretando o pai e a mãe respectivamente. Outra figurinha fácil nesse tipo de filme, é Anthony Michael Hall. Há também participações especiais do saudoso John Candy e Eugene Levy que é sempre encontrado em American Pie.

Dá vontade de pegar um carro e ir até Walley World. Diversão garantida. Nota 8.



terça-feira, 21 de maio de 2013

O Incrível Homem que Encolheu (The Incredible Shrinking Man)


E eis uma pequena jóia. Uma preciosidade que muitos ainda não conhecem ou só ouviram falar. A primeira vez que soube da existência de O Incrível Homem que Encolheu (1957), foi em uma conversa com os amigos Rick Martins e Lafa. Ambos sempre elogiavam esse filme e é claro que ele entrou de imediato na minha lista de filmes que eu deveria assistir antes de morrer. Depois de muito tempo, tive a oportunidade de gravá-lo no Telecine Cult e somente ontem, pude assistí-lo no final da noite acompanhado de cervejas e Cebolitos. Que maravilha.

Estava esperando um trash bem divertido e me vem uma história com uma mistura de drama, ficção científica, suspense e ainda sobra um tempinho também para a reflexão. Ou seja, quem ainda não viu, assista ontem.

É bom lembrar que o filme se passa numa época em que as pessoas ainda apresentavam os sintomas da segunda grande guerra e avistavam o início de uma Guerra Fria. Tudo contribui para um melhor entendimento sobre a condição do homem diante das suas estúpidas criações e as consequências desastrosas ao usufruir indevidamente dos elementos que a natureza fornece. É claro que posteriormente a própia natureza vai cobrar o seu preço e muitas vezes paga quem nada tinha a ver com isso.

Na trama, Scott Carey (Grant Williams) está feliz da vida ao lado da sua esposa Louise Carey (Randy Stuart) em um passeio de barco. Enquanto a moça entra na cabine para pegar uma cerveja para o marido, o barco atravessa uma estranha nuvem que entra em contato com Scott. Depois de algum tempo, o rapaz percebe que suas roupas estão ficando cada vez mais largas e seu tamanho diminuindo cada dia mais. O médico não consegue diagnosticar e em seguida o seu caso é enviado para um renomado laboratório. Lá descobrem a causa do seu encolhimento: uma forte exposição à inseticida e radiação atômica. Nesse momento ele se lembra da tal nuvem branca do barco. A partir daí meus amigos, começa uma corrida dos médicos para tentar reverter esse caso, enquanto Scott vai diminuindo à cada dia que passa.

É nesse momento que o filme se torna sensacional. Vemos todo o drama do personagem e de sua esposa que não desiste em nenhum momento em ajudar Scott (que à essa altura está morando em uma casinha de brinquedo). Depois de um tempo, sua luta é pela sobrevivência. Animais inofensivos se transformam em predadores perigosos.

Confesso que não conhecia o trabalho do diretor Jack Arnold. Agora fiquei curioso pra assistir outro filme dele que tenho aqui em DVD: O Monstro da Lagoa Negra.

Outro trabalho primoroso são os efeitos especiais. É claro que vistos nos dias de hoje podem parecer ridículos. Mas lembrem-se que a década é de 50 e os recursos eram bem menores.

O final ao meu ver, fecha com chave de ouro essa obra prima do cinema fantástico. Recomendo não somente o filme, mas também o Cebolitos e a cerveja.  Nota 10.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Uma Família em Apuros (Parental Guidance)


Depois de assistir alguns filmes densos, nada mal equilibrar com uma comédia leve do tipo que passava nos bons tempos da Sessão da Tarde. Se bem que Uma Família em Apuros (2012) tem lá os seus momentos dramáticos também.. Já que aborda justamente a dificuldade de relacionamento entre membros de uma família.

Na história, Artie (Billy Crystal) é um locutor desempregado que junto com sua esposa (Bette Midler), são chamados pela filha (Marisa Tomei) para tomar conta dos seus três netos, enquanto esta planeja viajar com seu marido (Tom Everett Scott). Tudo muito bonito, até descobrirmos que a família anda afastada por um bom tempo e que o avós nem se lembram direito da fisionomia das crianças. Isso tudo ocorre principalmente por causa da divergência na educação dos avós mais liberais e o método moderno e politicamente correto utilizado pelos pais.

É claro que a espinha dorsal do filme será o atrito entre essas gerações que irão gerar algumas situações hilárias envolvendo principalmente o personagem de Billy Crystal. com as três crianças.

Por falar em Billy Crystal ele está ótimo e com uma química excelente e até surpreendente com a Bette Midler. Os melhores momentos são quando ambos estão em cena com os pequenos. Marisa Tomei está maravilhosa como sempre.

O diretor Andy Fickman entrega aqui um trabalho bacana, mas que poderia ser ainda melhor. Digo isso porque do meio para o final, o filme vai perdendo um pouco a sua graça. Sem falar que o sono apareceu do nada e confesso até ter dado pequenas cochiladas. E nem foi por causa da previsibilidade do roteiro. Achei que no final, os conflitos dos personagens foram solucionados muito rapidamente e aí a história descarrilou de vez.

Fica a bonita mensagem sobre como lidar com as diferenças em prol de um bom convívio familiar. Nota 6.



sábado, 18 de maio de 2013

A Caça (Jagten)


O diretor dinarmaquês Thomas Vinterberg é um dos principais nomes responsáveis pelo movimento Dogma 95, junto com Lars von Trier. Criado na época em que o cinema comemorava seu centenário, esse movimento consistia em uma série de regras que deveriam ser seguidas à risca pelos cineastas ao filmar seu filmes. A principal intenção era de realizar obras menos comerciais, se afastando ao máximo da receita hollywoodiana. Com isso, Vinterberg estreou com Festa de Família, que é até hoje seu filme mais festejado.
Depois de muitos anos, sem obter o mesmo nível da sua estréia, ele chega com A Caça (2012), um filme extremamente bem realizado e desconcertante.

A pedofilia já foi retratada diversas vezes no cinema e em outras artes como a literatura por exemplo. É um tema que sempre mexe muito com a gente pela gravidade de toda a situação. No entanto, Vinterberg joga sua lupa nas consequências de uma falsa acusação feita pela menina Klara (Annika Wedderkopp) à Lucas (Mads Mikkelsen), seu professor da creche. Lucas que já passava por problemas devido ao divórcio e a perda da guarda de seu filho, ainda não fazia idéia do que estaria por vir. Em um momento de brincadeira do professor com outras crianças, Klara, avança na direção de Lucas e rouba-lhe um beijo na boca. Posteriormente, Lucas chama a atenção da criança, informando que aquilo ali não estava certo. A menina por sua vez, fica imensamente magoada e após a aula, informa à diretora da creche que não gosta de Lucas por causa do seu pipi duro (sendo que em um momento anterior do filme, vemos Klara ouvindo comentários pornográficos do seu irmão com um amigo, após estes observarem fotos de filmes pornôs). A diretora é óbvio, fica aterrorizada com essa declaração da menina, e daí pra frente meus amigos, a vida de Lucas vai se transformando num verdadeiro inferno. A história da falsa acusação toma proporções gigantescas, onde os habitantes daquela região querem condenar o professor de qualquer jeito, sem levantar nenhuma desconfiança de que a criança poderia estar mentindo. Nós, meros espectadores, sofremos com Lucas, pois temos absoluta certeza de que ele é inocente.

A obra levanta questões importantíssimas, e esse filme deveria ser assistido, por diretores de escola, juízes, assistentes sociais, etc... eu diria até por todos. Ele aborda o quanto uma mentira, mesmo vindo de uma criança, pode devastar com a vida de uma pessoa inocente. Lucas, mesmo provando sua inocência, ficará marcado para sempre com esse absurdo de história. Por outro lado,entendemos algumas atitudes daquelas pessoas da comunidade. É só se imaginar naquela situação. Em quem você confiaria? Pois é...

O roteiro do própio diretor com Tobias Lindholm é tenso e muito bem amarrado. Até mesmo no seu final, onde li algumas críticas negativas.

O filme cresce cada vez mais na minha memória e a nota não poderia ser outra. Realmente meu brother Celo Silva tem razão: um dos melhores filmes do ano. Nota 10.



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Desconstruindo Harry (Deconstructing Harry)


Cheguei cansado em casa depois do trabalho e com uma vontade imensa de assistir qualquer coisa do Woody Allen. Fiquei na dúvida se veria ou não um filme, pois estava quase dormindo no sofá. De repente coloquei Desconstruindo Harry (1997) e como mágica o sono simplesmente desapareceu. Uns três dias depois numa conversa sobre esse fato com meu amigo Renan Nogueira, que também é fã do diretor, fiz o seguinte comentário: "Woody Allen me tira o sono". O mesmo Renan sugeriu que eu colocasse essa frase no blog. E eu ainda completei: "Tira o sono no melhor sentido, é claro". Lembro que assisti Noivo neurótico, Noiva nervosa pela primeira vez acordando na madrugada e ligando a televisão no Corujão. Depois não dormi mais até o filme acabar.

Desconstruindo Harry reúne todos os ingredientes que um fã do diretor conhece e muito bem. O Harry (Woody Allen) do título é um escritor que se vê num furacão de problemas após lançar seu último livro quase autobiográfico, onde ele cita acontecimentos reais com parentes, ex - mulheres e amigos. Estes por sua vez ficaram completamente aborrecidos em como foram retratados na obra e procuram Harry para tirar alguma satisfação. Com isso, à princípio o autor não tem nenhuma companhia para uma homenagem que irá receber da faculdade onde foi expulso quando era mais jovem. Me lembrei de Morangos Silvestres do Ingmar Bergman, que por sinal é um dos diretores prediletos de Allen.

O filme é um recorte de várias características de Harry, e do própio Woddy Allen, é claro. Ele apresenta inclusive aquilo que é retratado no livro com seus diversos personagens. Há um certo momento em que o personagm do livro se encontra com o personagem real. Puro deleite. Nesse momento me lembrei de outro filme do diretor: A Rosa Púrpura do Cairo.

Talvez um dos poucos aspectos negativos no filme, seja o excesso de personagens não sobrando tempo para explorá-los um pouco mais. É impressionante a quantidade de atores famosos que adoram trabalhar com o diretor, mesmo sem receber um salário astronômico. Nesse filme temos Demi Moore,Robin Williams,
Stanley Tucci,Amy Irving, Kirstie Alley,Tobey Maguire,Jennifer Garner,Elisabeth Shue,Billy Crystal e até uma participação minúscula do Paul Giamatti.

Recomendo principalmente para os fãs do diretor incluindo meu amigo Renan Nogueira. Nota 8.

domingo, 12 de maio de 2013

O Homem Bicentenário (Bicentennial Man)


Chris Columbus sabe realizar filmes para divertir o público. Quer exemplos? Ele dirigiu os dois pimeiros filmes de Harry Potter, Esqueceram de Mim, Uma babá quase perfeita, o primeiro Percy Jackson e muitos outros. Além de roteirizar Gremlins e os Goonies. O Homem Bicentenário (1999), é mais um exemplar dessa sua capacidade de entreter as massas. E nesse caso, de  fazer refletir também.


A história apresenta uma família que acabou de adquirir um robô (Robin Williams) altamente qualificado para realizar os principais afazeres domésticos. Aos poucos, o robô demonstra alguns comportamentos que se assemelham aos de um humano e com o decorrer da trama, o desejo de se tornar mais parecido possível com um homem só aumenta. Depois de muitos anos, ele conhece um cientista (Oliver Platt) que vai auxiliá-lo nessa sua busca.

Achei o início do filme bastante promissor, com uma mistura leve de comédia com toques dramáticos. Mas perde um pouco sua força da metade para o final, onde a trama se amarra muito na transformação física do robô para um ser humano. Na minha opinião, o filme poderia ter uns 20 minutos a menos.

Robin Williams sempre com aquele sorriso característico está mais canastrão como nunca. Gosto de alguns dos seus filmes mas não o considero um grande ator. O mesmo eu digo do Sam Neill que aqui interpreta o pai da família.

O filme tem cenas bonitas e uma mensagem muito bacana sobre a condição de ser um humano. Tudo que o robô mais desejava era sentir certas coisas que para nós, se tornaram comuns, como por exemplo: sentir calor, frio, cheiro, gosto,cócegas, arrepios, etc...

Uma obra que poderia ter um resultado melhor, mas que vale a pena assistir assim mesmo. Nota 6.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mama















Pura coincidência eu falar de Mama (2013) na semana do dia das mães. Mesmo sendo um filme de terror, tem como um dos principais assuntos, o amor de mãe. Com isso, o filme também ganha cargas dramáticas bem eficientes ao meu ver.

Guillermo del Toro, que aqui atua como produtor, vem apostando em novos nomes que vem dando certo. Ele comprou a idéia de um curta metragem com menos de 4 minutos dirigido por Andres Muschietti. e decidiu transformá-lo em um longa dirigido pelo mesmo Andres. Com todos os clichês inerentes a esse tipo de filme, achei a obra bem bacana.

A trama nos leva para dentro de uma cabana no meio de uma floresta, onde um pai enlouquecido que acabara de assassinar a própia esposa, decide acabar também com a vida das duas filhas. Antes disso acontecer, um espírito surge e impede esse ato. O pai das meninas é morto pela assombração que por sua vez decide adotar essas crianças. Após cinco anos, as meninas são encontradas com características e comportamentos bem estranhos. Depois de serem examinadas em um hospital, são levadas para a casa dos tios que topam cuidar das meninas. Annabel (Jessica Chastain), a tia, nunca teve sonho de ser mãe e sofre muito com essa situação. Aos poucos, com a convivência das crianças, esse sentimento vai aflorando cada vez mais. No entanto, o espírito (a Mama do título) da cabana também migra para a tal casa e aí se inicia o desespero do casal.

Jessica Chastain está maravilhosa, mas o destaque vai mesmo para as garotinhas Megan Charpentier e Isabelle Nelisse. A personagem dessa última então, em certos momentos dá calafrios.

Gostei demais da cena em que o médico das meninas visita a cabana para investigar a assombração. Bem conduzida e muito sinistra.

Na minha opinião, o filme vai numa curva ascendente até a sua parte final. Achei interessante e até bonita a conclusão, porém com uma sequência esticada demais. Enfim... nada que estrague a apreciação.

Gostei e minha esposa que assistiu comigo também gostou. Nota 8.




segunda-feira, 6 de maio de 2013

Para Maiores (Movie 43)
















Caros leitores. Eis aqui um exemplar que é completamente o oposto do filme citado no post anterior. Enquanto o outro é comportadinho demais, esse transborda o politicamente incorreto. Portanto, quem não curte piadas de humor negro, escatologia e sacanagem, fujam desse filme.

Para Maiores (2013) é uma comédia em esquetes com uma história que liga todas as outras. Cada uma conduzida por um diretor. Entre eles: Peter Farrely (ele tinha que estar nessa), Brett Ratner,Elizabeth Banks,Steven Brill,Griffin Dunne, entre outros...

Muitos devem se perguntar no decorrer da sessão, o que exatamente foi feito para aquele bando de atores consagrados terem aceitado participar de um espetáculo nonsense como aquele?  Estão lá ninguém mais ninguém menos que: Hugh Jackman, Emma Stone, Kate Winslet, Naomi Watts,Richard Gere,Halle Berry,Chloë Grace Moretz,Gerard Butler,Anna Faris, Elizabeth Banks,Justin Long e muito mais...

A história que é a espinha dorsal do filme, apresenta dois típicos nerds  tentando encontrar um filme misterioso chamado movie 43 . Durante a busca, eles entram em contato com diversos vídeos que são exatamente as histórias que compõem todo o filme. Daí pra frente meus amigos e amigas é um festival de bizarrices. Exemplos? Que tal ver o personagem de Hugh Jackman com testículos no pescoço, mergulhando-os acidentalmente em um prato de sopa num chique restaurante? Ou  a personagem de Anna Ferris pedindo para seu amado cagar em cima de seu corpitcho? Ah e tem também um triângulo amoroso envolvendo um gatinho em desenho animado muito do sacana.

O grande problema é que algumas histórias são melhores que outras e isso demonstra uma certa irregularidade da obra no final das contas. Lembrei exatamente do filme Amazonas na Lua que sofre com a mesma situação. Acho que uma exceção é Paris, Te Amo.

Alguns eu simplesmente não gostei, como o segmento dos super heróis e o que tem o Richard Gere.

Estava lendo no blog do Ailton (Diário de um Cinéfilo), que vários atores não compareceram na pré - estréia do filme. Porque será hein?  Li também em outro site que o George Clooney desistiu de participar dessa bagunça.

No final, vale a pena se divertir com o filme. É só não levar a sério e perceber até mesmo algumas críticas no meio de tanta piada suja e idiota. Nota 5. 

domingo, 5 de maio de 2013

Quatro Amigas e um Jeans Viajante (The Sisterhood of the Traveling Pants)


















Já tem um tempinho que assisti esse filme com a minha esposa e portanto, vou postar o que restou na minha memória.

Quatro Amigas e um Jeans Viajante (2005) é basicamente um filme sobre a amizade e o amadurecimento na fase da adolescência. Um tema explorado de diversas formas no cinema e em outras artes também. O grande problema do filme na minha opinião reside justamente na forma muito convencional em que a trama é conduzida. Achei que o diretor Ken Kwapis (que também dirigiu Ele Não Está tão a Fim de Você) poderia ter ousado um pouco mais ao apresentar os problemas ocorridos com cada uma de suas personagens. Acho mesmo que a intenção era agradar um público adolescente específico. No entanto a obra também tem lá suas qualidades.

As quatro amigas do título são: Tibby (Amber Tamblyn), Lena (Alexis Bledel da série Gilmore Grils),Bridget (Blake Lively) e Carmen (America Ferrera da série Ugly Betty). Todas se conhecem desde crianças e se tornaram inseparáveis amigas. Chega um certo momento da trama em que cada uma vai seguir um caminho diferente. Nesse momento vocês devem estar se perguntando: Onde entra o famoso jeans do título?  Em uma loja de roupas, onde todas experimentam a mesma calça e ... voilá... ela cabe direitinho em todas, mesmo cada uma tendo um corpitcho diferente da outra. Com isso o jeans se transforma em uma espécie de símbolo daquela união e mesmo com a distância, elas determinam que cada uma irá ficar com a calça por um determinado período e posteriormente passar para a outra. No decorrer da trama elas enfrentarão problemas amorosos, familiares e dificuldades em lidar com o passado.

A personagem que mais me identifiquei foi com a de Amber Tamblyn (me lembrei dela em O Chamado), que trabalha em uma locadora e sonha ser cineasta. Nenhuma se destaca mais que a outra e isso é um ponto positivo do filme. A fotografia é belíssima, principalmente nas cenas filmadas na Grécia onde Lena passa um bom tempo.

Um pequeno entretenimento com uma mensagem bonita sobre amizade. Nota 5.