domingo, 12 de julho de 2015

Divertida Mente (Inside Out)


 Sabe aquela sensação bacana quando você sai da sala do cinema com um sorriso no rosto e um encantamento gigantesco daquilo que acabou de assistir? Pois foi exatamente isso que aconteceu comigo após a sessão de Divertida Mente (2015), a mais recente animação da Pixar. O diretor Pete Docter (que também co-dirigiu Up - Altas Aventuras e Monstros S.A.), usou e abusou da imaginação para criar um universo fantástico. Nesse quesito, deve-se enaltecer o trabalho de design de produção. É um colírio para os olhos.

Na trama, acompanhamos a vida de Riley (Kaitlyn Dias) desde a infância até a pré-adolescência e suas 5 emoções que convivem em seu cérebro numa espécie de sala de comando. Essas emoções são: Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Nojinho (Mindy Kaling), Raiva (Lewis Black) e Medo (Bill Hader). Em certo momento, Riley se muda para outra cidade com seus pais e seus sentimentos ficam confusos em lidar com essa nova condição. Presenciamos então um descontrole na sala de comando e como essas emoções irão interagir entre si daí para frente.

O roteiro possui uma coesão impressionante ao interligar muito bem dois universos. Principalmente se levarmos em conta, que é a mente de um indivíduo que está sendo retratada. O filme poderia tornar esse ambiente complexo numa história confusa e até difícil de acompanhar. No entanto, não é isso que acontece e a obra nos transporta para diversas regiões do cérebro. Entre eles:: o subconsciente, a área onde os sonhos são reproduzidos e até mesmo nos pensamentos abstratos. Aqui, o roteiro atinge o ápice da criatividade.

A história ainda guarda uma grata surpresa: o personagem Bing Bong (Richard King) que é o amigo imaginário da Riley e um dos personagens mais legais da Pixar nos últimos anos.

Toda a cor da animação é muito bem utilizada e retrata muito bem o que cada personagem quer passar. Assim como o figurino dos personagens (Raiva com a cor vermelha e uma roupa que lembra a de um chefe estressado de escritório estressado, Nojinho com a cor verde que lembra gosma e um figurino de mulher perua e afrescalhada, a Alegria com sua cor amarela transmitindo vibração e um modelito de verão, o Medo com seu jeito franzino e um figurino que remete insegurança, e a Tristeza com sua cor azul e um roupão de frio), tudo foi muito bem pensado. Bacana também observar a mudança no figurino da Riley retratando aquilo que ela sente naquele momento.

Todo o trabalho com o som é muito bem realizado e sua trilha sonora ajuda a sublinhar bem toda a história.

Mesmo não sendo original e com alguns clichês, Divertida Mente possui um formato altamente criativo e com uma mensagem deveras relevante.

Divertido e emocionante. Na minha opinião, o melhor filme de 2015 visto nos cinemas até o momento. Nota 10.







2 comentários:

  1. Um filme incível

    http://filme-do-dia.blogspot.com.br/

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  2. Verdade Kahlil. Depois irei conhecer o teu blog. Seja sempre bem vindo ao B Cine.

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