Assisti o primeiro Jurassic Park no extinto cinema de Olaria na época do seu lançamento e fiquei impressionado pelas qualidades da obra e principalmente pela boa utilização dos efeitos visuais. A primeira aparição de um dinossauro no filme foi marcante para toda aquela geração. Hoje, após todos esses anos e duas sequências sem a mesma qualidade do original, decidi retornar à esse incrível parque. Pode não causar o mesmo efeito do primeiro filme, mas vale a pena a experiência.
A trama de Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros (2015) não foge da fórmula dos outros filmes. Dessa vez, o parque precisa de novidades e um dos recursos utilizados é a criação de espécies geneticamente modificadas com o intuito de atrair cada vez mais o público. É óbvio que em algum momento, algo sairá do controle deixando todos em desespero. Entre os personagens de maior destaque está a workaholic diretora do parque (Bryce Dallas Howard), seus sobrinhos (Ty Simpkins e Nick Robinson) e o adestrador de dinossauros (Chris Pratt).
O trabalho de Colin Trevorrow na direção é muito bom e já nos conquista logo na primeira cena, onde vemos um ovo eclodindo e apresentando o olhar do dinossauro mais relevante da trama. As cenas de ação são muito bem conduzidas e apresentam uma fluidez graças à bela montagem.
O maior problema do filme está no roteiro com diversos diálogos e situações que chegam a incomodar. O affair entre os personagens de Bryce e Pratt durante o ataque dos pterodáctilos e o diálogo dos dois irmãos envolvendo o concerto de um carro são alguns exemplos. A motivação de um dos vilões do filme em transformar os dinossauros em armas militares também não convence. O humor do filme algumas vezes não funciona.
Bryce Dallas Howard se esforça e faz mais uma vez um bom trabalho. Chris Pratt não tem muita chance de demonstrar seu talento, mas não compromete. Achei o personagem de Nick Robinson sem empatia alguma. Bem diferente de Ty Simpkins, o irmão mais novo e fanático por dinossauros.
Percebemos a utilização dos efeitos visuais quando a câmera utiliza um plano geral revelando todo o ambiente do parque, mas isso não incomodou em nenhum momento. Tudo combina perfeitamente bem com a fotografia e a direção de arte.
A música de Michael Giacchino é muto bem utilizada e traz um frescor em diversas cenas.
O novo parque dos dinossauros é um típico blockbuster contendo referências bacanas ao primeiro filme e com um roteiro problemático. No entanto, seus defeitos não atrapalham na sua apreciação. Bom para assistir com pipoca e refrigerante. Nota 7.
Antes de mais nada, tenho que dizer que adorei os seus textos!
ResponderExcluirSobre Jurassic World, eu acho complicado alguma continuação de Jurassic Park dar certo, pela magia do primeiro, pela perfeição mas, até mesmo, pela própria história. No mesmo tempo que eles realizaram algo grandioso, o enredo se fecha em si próprio quando a ideia principal é o parque.
Não dá para fazer cinco filmes de parques sendo devastados, no mesmo tempo que mandar os dinossauros para a cidade iria virar outro filme, que se distancia bastante daquela sensação nostálgica que o filme nos traz.
Para mim, honestamente, acabou no primeiro. Obs: Eu torci bastante para aparecer o Sam Neill, pelo menos uma pequena ponta rs
Recomendei o seu trabalho aqui no blog lá no meu ( sobre cinema alternativo ): http://cronologiadoacaso.com.br/
Você ganhou mais um leitor,
Abraço!
Emerson Teixeira, muito obrigado pelos seus comentários e visita no meu blog. É sempre um incentivo para continuar mantendo esse espaço mais vivo e a oportunidade de trocar idéias com pessoas que também compartilham da mesma paixão: o cinema.
ResponderExcluirEm breve estarei adicionando o teu blog aqui na minha lista também e mais uma vez o meu muito obrigado e seja sempre bem vindo.
Quem sabe o Sam Neill apareça no próximo hein???? Vamos aguardar.
Um grande abraço.