segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Picolino (Top Hat)


Eis mais um exemplar de filmes com a capacidade de deixar o espectador com um excelente humor, tamanha a sua leveza. Funciona como um remédio para mim.

O Picolino (1935) teve um estupendo êxito comercial. E juntamente com King Kong, salvaram a RKO da lama na qual se encontrava. Os Estados Unidos na época ainda sofria com os efeitos da Grande Depressão e o público que podia ir ao cinema buscava algo para esquecer todos os problemas derivados daquela crise.

Esse é o primeiro filme que eu assisti da dupla Fred Astaire e Ginger Rogers (que juntos atuaram em nada menos do que 10 filmes) e para muitos, o melhor filme da dupla. É delicioso ver os dois em cena. Fred com todo seu talento extraordinário como dançarino e sapateador e Ginger com todo o charme e sensualidade.

A direção é de Mark Sandrich, que já havia dirigido os dois anteriormente em A Alegre Divorciada. cuja história é bem parecida com a de o Picolino.

Na trama Jerry (Fred Astaire) é um dançarino americano que está em Londres para a realização de um espetáculo e se encontra hospedado junto com Horace (Edward Everett Horton), seu empresário. No quarto de hotel ele ensaia os números para o show e incomoda Dale (Ginger Rogers) vizinha do andar de baixo que imediatamente reclama com o gerente do local. Nos corredores, Jerry conhece Dale e se apaixona pela moça que a principio o rejeita. Mas depois começa um flerte com o rapaz. Com o decorrer do tempo, Dale acredita que o dançarino seja o empresário Horace, marido de Madge (Helen Broderick), sua melhor amiga. Está armada toda a confusão.

Alguns personagens importantes se destacam: o ajudante do empresário (Eric Blore) que sofre na mão do patrão, e o costureiro italiano (Erik Rhodes) que acompanha Dale somente por interesses comerciais.

As atuações deixam um pouco a desejar, principalmente a de Erik. Dizem que Mussolini baniu o filme na Itália, devido a forma caricata como o personagem italiano foi retratado.

Os momentos de maior beleza ficam por conta dos números musicais da dupla. Principalmente em Cheek to Cheek. Tem também Jerry jogando areia no piso para abafar o som dos sapatos e fazer Dale dormir.

Apesar da história ser um pouco datada, vários momentos cômicos funcionam muito bem. Achei que do meio para o final, a trama poderia ser melhor elaborada. Mas nada que incomode na apreciação desse grande clássico que é considerado um dos melhores musicais de todos os tempos. O Picolino concorreu a diversos prêmios, incluindo o Oscar de melhor filme. Nota 9.

2 comentários:

  1. adoro filmes da décadas de 30 e 40....este nunca assisti, mas fiquei curiosa...
    bjkas

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  2. Márcia, vale muito a pena. e essa dupla fez diveros outros filmes que fiquei muito curioso pra assistir. Tudo de bom e obrigado pela participação no blog.

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