Após uma cirurgia bem sucedida para retirada de varizes nas pernas, preciso ficar em repouso e estou aproveitando para ver alguns ótimos filmes. Por isso, os próximos comentários virão com um pouco de atraso. Gostaria antes de mais nada, agradecer à todos que estão me dando a maior força nessa recuperação.
Passeando pelo shopping, entrei numa loja e me deparei com o dvd de Cinema Paradiso e uma edição dupla de Taxi Driver por apenas R$ 12,90 cada. Não acreditei. Fiquei tão feliz que saí cantarolando a musiquinha de Natal que tocava dentro da loja. Lógico que comprei os dois filmes.
Chegando em casa, coloquei o dvd de Cinema Paradiso (1988) e não consegui mais me desgrudar do sofá mesmo com todo o calor da sala. O filme é encantador,sublime,emocionante,envolvente, e muitos outros adjetivos. Obrigatório para os fâs do cinema e uma homenagem à sétima arte. Tuido se encaixa perfeitamente bem nessa obra do diretor Giuseppe Tornatore.
Existe um clima nostálgico como algo que se perdeu com o tempo ou de um amor não concretizado. Lembro com carinho dos cinemas de rua perto de casa que hoje estão entregue às baratas.
O filme conta a história do garoto Toto (Salvatore Cascio), que é apaixonado pelo cinema da cidade e de Alfredo (o excelente Philippe Noiret) que trabalha como projecionista nesse local a muitos anos. O menino tenta á todo custo, entrar no ambiente de trabalho de Alfredo que inicialmente cria certa resistência, mas que depois com toda a convivência, se transforma em uma marcante relação de amizade. E tudo isso é mostrado em forma de lembrança após Toto (que se tornou um famoso cineasta) receber da mãe, a notícia da morte de um tal de Alfredo.
A história possui vários personagens cativantes,que aparecem durante as diversas projeções no cinema. Aliás, os diversos filmes mostrados são atrações à parte. O que dizer então da trilha de Ennio e Andrea Morricone? A música se torna um personagem no filme que emociona, principalmente ao final da projeção (Os lenços podem ser úteis).
Nos extras, há a interessante declaração de Rubens Ewald Filho sobre a sessão do filme em Cannes que foi exibido durante o dia e recebeu aplausos calorosos do público. Algo incomum naquele horário do festival.
Um belíssimo representante do grande cinema italiano que mereceu todos os prêmios que recebeu, incluindo aí o Oscar de melhor filme estrangeiro. Nota 10