É deveras estimulante ter a certeza sobre a existência de diversos filmes maravilhosos ainda inéditos para este que vos escreve. Nessa semana tive a oportunidade de assistir Rio Vermelho (1948), que é um clássico bangue-bangue dirigido de forma magnífica pelo grande Howard Hawks e também por Arthur Rosson. Gostaria antes de mais nada, agradecer ao amigo Conrado que é um grande conhecedor dos filmes de faroeste e me emprestou essa preciosidade. Valeu xerife!
O filme apresenta a jornada de Thomas Dunson (John Wayne) na busca de novas terras para a criação do seu gado. Juntamente com seu amigo `Groot` (Walter Brennan) e o jovem Matthew (Montgomery Clift), conseguem obter sucesso com seu rebanho. Com o passar dos anos e após a guerra civil, a crise chega e o dinheiro seca, forçando Dunson à procurar novos ares. Ele decide depois de coletar várias informações, que a melhor opção é chegar até Missouri após atravessar o rio. Mas, como viajar vários quilômetros com aquela quantidade enorme de animais? Com ajuda de vários homens, ele inicia a missão. Com o tempo, vários problemas vão acontecendo durante o trajeto, aumentando ainda mais as desavenças entre aqueles homens. Dunson por sua vez, torna-se mais autoritário e rude com as pessoas que o cercam. Na minha opinião, é justamente nesses conflitos internos que o filme cresce, mostrando até onde uma pessoa pode ir para conseguir alcançar seu objetivo.
Prefiro não entrar em mais detalhes para não estragar as surpresas de quem ainda não assistiu. O que posso afirmar é que o filme possui uma fluidez que não se encontra em qualquer esquina. Prende a nossa atenção do início ao fim graças ao excelente roteiro e principalmente da maravilhosa edição.
O que dizer de John Wayne? Um papel de um personagem ambíguo que caiu como uma luva para ele. Montgomery Clift também está muito bem no seu primeiro filme. Aliás, por falar em Clift, seu personagem no filme aparentemente é homossexual e isso fica implícito na maneira que ele faz um elogio à arma de um outro pistoleiro. Lembrando que o ator era gay na vida real.
Fico imaginando o trabalho árduo de dirigir com todos aqueles animais. Hawks por sua vez, deve ter se especializado nesse ramo, já que realizou Hatari!, outro filme com diversos bichos.
Só não gostei muito do desfecho. Porém , esse fato em nada tira a grandiosidade desse trabalho que merece ser visto e revisto sempre. Nota 9.
Grande filme de Howard Hawks. Não deixe de ver Onde Começa o Inferno! :)
ResponderExcluirEsse pretendo assistir ainda esse ano Celo. Valeu pela dica.
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