quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Saga Crepúsculo: Lua Nova (The Twilight Saga: New Moon)


A Saga Crpúsculo: Lua Nova (2009) já é recordista de ingressos vendidos em uma estréia esse ano, batendo arrasa quarteirões como 2012 e Harry Potter e o enigma do príncipe. Não é de se estranhar, já que o filme (baseado no livro de sucesso de Stephenie Meyer) está em todos os cantos, jornais,revistas,etc... Descobri que o Brasil tem o segundo maior fâ clube do mundo, e os ingressos começaram a ser vendidos com um mês de antecedência.

Fui com minha esposa na última sessão de sábado e o cinema estava abarrotado com filas quilométricas. Ainda bem que os adolescentes não tumultuaram durante a projeção.

Para quem gostou do primeiro filme, com certeza vai se deliciar com essa continuação que consegue manter o nível. Achei que houve uma evolução nas cenas de ação, principalmente nas cenas com os lobos e no final com os vampiros. No entanto, assim como no primeiro filme, alguns fatos carecem de maior exploração. Como por exemplo ,na apresentação dos Volturi e no processo de transformação dos membros da tribo em lobos. A trilha sonora está ótima, no entanto poderia ser melhor utilizada no filme.

Nessa segunda parte da saga, Edward (Robert Pattinson) decide largar Bella (Kristen Stewart) com o intuito de protegê-la do mundo dos vampiros. A menina entra numa tremenda fossa e fica viciada em adrenalina, andando de moto em alta velocidade e pulando de um penhasco. É nesse momento que entra em cena o personagem de Jacob (Taylor Lautner), que aqui ganha grande destaque e salva Bella em diversas situações. A menina sente uma crescente atração pelo rapaz que logo em seguida, se transforma em lobisomem nos momentos de grande estresse. Está formado o triângulo amoroso.

Gostei também da caracterização dos Volturi. Só achei as lentes de contato dos vampiros (incluindo aí as da família Cullen) muito exageradas. Minha esposa teve a mesma impressão.

Assim como os vampiros no primeiro filme, os lobisomens são apresentados fora do seu estilo tradicional. Aqui não se fala em lua cheia ou bala de prata e a transformação acontece de uma maneira bem peculiar.

A estréia do próximo filme (Eclipse) já tem data prevista e o final da película deixou os fãs ainda mais ansiosos para esse momento chegar o mais rápido possível. Nota 7


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Up - Altas Aventuras (Up)


É impressionante como a Pixar consegue mesclar qualidade técnica com bons roteiros. E não foi diferente com a animação Up - Altas aventuras (2009). O filme me conquistou logo no seu prólogo que conta a história de Carl Fredricksen (narrado no original por Edward Asner e na versão dublada por Chico Anysio), um aventureiro nato que quando criança, conhece o amor da sua vida Ellie, também obcecada por aventuras. Eles crescem, se casam e juntos, alimentam o desejo de um dia morar em uma região da América do Sul próxima á uma catarata. Com o passar dos anos e sem realizar esse sonho, Ellie acaba falecendo. Carl agora é um senhor solitário e rabugento que sofre com uma ordem de despejo, e querem á todo custo, jogá-lo em um asilo.

A partir de então, ele tem a idéia de retomar seu antigo sonho. Transforma sua casa em um dirigível com o auxílio de milhares de balões de gás. O que ele não contava é que durante a viagem, descobre um intruso: um escoteiro de 8 anos apaixonado por aventuras. Juntam-se á eles um cachorro que consegue falar graça á um dispositivo preso em sua coleira, e uma ave raríssima. Daí em diante, a aventura está garantida. No entanto há na história uma grande lição de vida, de amor e de amizade. Contribui e muito, o fato do protagonista ser um velhinho (que faz lembrar nossos avós),com vasta experiência de vida, mas que descobre ter o sonho bem vivo dentro de si apesar da idade.

A direção é de Pete Docter (co-diretor de Monstros S.A.) que aqui se mostra bem seguro. Achei apenas que faltou um pouco de carisma nos personagens principais (que pode ter impedido uma maior conexão emocional). Destaco a bela utilização das cores e as cenas de ação que estão na medida.

Outro dado importante é que o filme foi a primeira animação exibida na abertura do Festival de Cannes. O longa teve um calorosa recepção com direito á óculos 3D para os convidados.

Enfim, uma obra feita para crianças e adultos. Nota 8



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Distrito 9 (District 9)


Já tem tempo que não assisto um bom Sci-fi. Depois de tantos elogios da crítica e do público sobre Distrito 9 (2009), decidi conferir a estréia em longa do diretor sul-africano Neill Blomkamp. Com toda a expectativa, confesso que esperava uma obra prima. Não que o fime decepcione, muito pelo contrário. Talvez a mudança na filmagem de um estilo documental para um modelo convencional tenha atrapalhado um pouco na apreciação da obra. Mas não deixa de ser um grande filme. Nem parece que o longa é de um estreante que obteve apenas 30 milhôes de dólares para a realização da obra, tamanha a eficiência dos efeitos especiais (Com uma ajudinha de Peter Jackson na produção). No entanto , o filme é muito mais que isso. A analogia com o apartheid é escancarada no roteiro bem elaborado, que mostra também uma face bem suja da raça humana.

Em Joanesburgo na África do Sul, uma nave com problemas técnicos paira sobre um local que futuramente seria conhecido como O Distrito 9. Nessa área, os alienígenas ficariam obrigatoriamente confinados até uma resolução do governo. Com o decorrer dos anos, as péssimas condições do local e os maus tratos com os aliens (chamados pelos humanos de camarões) ,vão tornando a situação daquela região cada vez mais caótica.

Wicus Van De Merwe (Sharlto Copley), um burocrata funcionário do governo que recebe a missão de despejar aqueles milhões de seres e enviá-los para uma área ainda pior, é o personagem que sofre uma mudança radical após um acidente com uma misteriosa substância. Essa transformação é um dos pontos altos do filme,mostrando ao protagonista o outro lado da moeda. Em alguns momentos me lembrei de Tropas Estelares, principalmente nas cenas de ação. Também achei os aliens parecidos com a transformação sofrida pelo personagem de Jeff Goldblum no final de A Mosca.

É bem provável que realizem em breve uma continuação, principalmente após tanta badalação em torno do filme que na minha opinião, é o grande representante do gênero ficção científica do ano. Nota 7

domingo, 15 de novembro de 2009

Crepúsculo (Twilight)

Decidi rever Crepúsculo (2008), como aquecimento para a estréia de Lua Nova na próxima semana. A obra é baseada no romance de Stephenie Meyer (que faz uma ponta no filme), escritora mundialmente conhecida com o lançamento dos quatro livros dessa saga. Comprei para minha esposa o dvd do filme, sabendo da grande probabilidade dela gostar da história. Ela não só gostou, como providenciou logo em seguida a leitura do livro. E realmente o resultado é muito bom.

O longa é dirigido por Catherine Hardwicke (do razoável Aos Treze e Os Reis de Dogtown) que conduz essa história agradável não só para o público feminino, como também para os marmanjos. O amor entre Bella (Kristen Stewart) e o pálido vampiro Edward (Robert Pattinson) funciona na dosagem certa, assim como a química entre os atores. Há de se destacar a belíssima fotografia de Elliot Davis.

O filme peca um pouco nas cenas de ação e na falta de um melhor desenvolvimento de alguns personagens (como os vampiros que tentam atacar Bella). No entanto, quem espera um vampiro tradicional com cenas de horror, passe bem longe. Aqui não se fala em crucifixos,alhos,etc... o que importa mesmo é a atração e o romance entre os protagonistas.

Agora é torcer para que os outros filmes da saga mantenham o mesmo nível dessa obra que virou febre em todos os cantos do planeta. Nota 7

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A morte num beijo (Kiss me deadly)


Depois de tanto ler bons comentários sobre A morte num beijo (1955) e de suas inúmeras influências, ontem coloquei o VHS pra assistir. E mesmo com todas as expectativas, o filme me surpreendeu em todos os seus aspectos. A impressão era que a obra estava à frente do seu tempo. O diretor Robert Aldrich realizou aqui a sua obra prima.

Um filme noir com uma atmosfera de pesadelo constante e personagens amorais atrás de explicações sem muito sucesso. A influência no expressionismo alemão ajuda na composição do clima perturbador, e à medida que a história caminha para o seu desfecho, a sensação estranha cresce tanto no protagonista como no espectador.

Mike Hammer (Ralph Meeker), é um detetive particular que dá carona à uma mulher numa estrada vestindo apenas um roupão. Essa mulher é Christina Bailey (Cloris Leachman), que logo em seguida é assassinada por misteriosos homens que bloquearam a passagem do carro. Tentaram tudo para parecer um acidente. No entanto, o detetive sobrevive, e não sossega até encontrar uma explicação.

Adorei os créditos de baixo para cima. Só aí, já dá para perceber o que vem pela frente.

Outros personagens como a secretária amante do protagonista e o mecânico enrriquecem ainda mais a trama.

Percebemos ecos desse filme nas obras de cineastas do calibre de David Lynch e Quentin Tarantino, só pra citar alguns.

Uma obra surpreendente do início ao fim. Um filme B que na época foi considerado maldito e inapropiado para os jovens. Duvido que Aldrich tenha feito algo melhor. (Apesar de nunca ter assistido Os doze condenados). Va-va-voom... Nota 10