domingo, 22 de maio de 2011

Procura-se Susan Desesperadamente (Desperately Seeking Susan)



Procura-se Susan Desesperadamente (1985) é um típico clássico da Sessão da Tarde que ainda era inédito para mim. Tinha visto alguns trechos do filme na época, e só conseguia me lembrar do visual da Madonna e da música Into the Groove que faz parte da trilha sonora. Essa inclusive é uma das minhas canções favoritas da cantora/atriz e fiquei muito feliz em ouví-la num show que a material girl fez aqui no Rio de Jeneiro em 2008 no Maracanã.

Mas voltando ao filme, a história nos apresenta Roberta (Rosanna Arquette), uma dona de casa entediada com seu casamento que fica intrigada com um anúncio nos classificados do jornal de um rapaz à procura de sua namorada com o nome Susan (Madonna). Ela fica tão curiosa em conhecer o casal, que decide ir ao ponto de encontro dos dois e logo de cara, se identifica com o jeitão extrovertido da moça (que na verdade é uma golpista). A partir daí, uma série de confusões envolvendo uma jaqueta (com aquele símbolo encontrado na nota de 1 dólar), um objeto valioso e a identidade de Roberta, se tornam a mola propulsora da história.

O filme conta com a presença de Aidan Quinn interpretando o amigo do namorado de Susan e de John Turturro em rápida aparição.

A direção ficou por conta de Susan Seidelman que realizou também alguns episódios de Sex & the City.

Uma obra bacana e que representa muito bem o que foi a década de 80, seja através das músicas ou dos looks extravagantes dos seus personagens. Nada além disso. Nota 07

domingo, 8 de maio de 2011

12 Homens e uma Sentença (12 Angry Men)



Quanto vale a vida de uma pessoa? Somos realmente capazes de julgar corretamente o nosso próximo? Essas e outras questões surgiram após assistir 12 Homens e uma Sentença (1957), filme de estréia do diretor Sidney Lumet que faleceu recentemente.

É impressionante como Lumet utiliza um pequeno espaço (a sala de um júri) para contar em pouco mais de 90 minutos, uma história aparentemente simples, mas que nos leva muito além.

Os 12 homens do título precisam decidir através de votação, se um jovem (acusado de assassinar seu própio pai e podendo ser levado à pena de morte), é culpado ou inocente. Após ouvirem os relatos das testemunhas e advogados, todos os jurados aparentam estar certos da decisão . Quer dizer, quase todos. Apenas o jurado número 8 (Henry Fonda), rema contra a maré e traz à tona, a possibilidade do rapaz ser inocente, apresentando argumentos convincentes e apontando algumas contradições nos relatos das testemunhas. A partir daí, a história nos carrega para dentro da mente desses personagens, nos mostrando as personalidades e diferenças de cada um. Vários diálogos são travados tornando o clima cada vez mais tenso. Isso sem falar no ventilador daquela sala que não funciona deixando o local ainda mais quente.

Gostei de todos no elenco que além de Henry Fonda também tem Martin Balsam (O detetive Arbogast de Psicose), Lee J. Cobb e Robert Webber.

Destaque gigantesco para o roteiro de Reginald Rose e a belíssima fotografia de Boris Kaufman que também trabalhou em Sindicato de Ladrôes.

Um filme recomendadíssimo. Principalmente para aqueles orgulhosos que se julgam os donos da razão. Nota 10