Depois de tanto ler bons comentários sobre A morte num beijo (1955) e de suas inúmeras influências, ontem coloquei o VHS pra assistir. E mesmo com todas as expectativas, o filme me surpreendeu em todos os seus aspectos. A impressão era que a obra estava à frente do seu tempo. O diretor Robert Aldrich realizou aqui a sua obra prima.
Um filme noir com uma atmosfera de pesadelo constante e personagens amorais atrás de explicações sem muito sucesso. A influência no expressionismo alemão ajuda na composição do clima perturbador, e à medida que a história caminha para o seu desfecho, a sensação estranha cresce tanto no protagonista como no espectador.
Mike Hammer (Ralph Meeker), é um detetive particular que dá carona à uma mulher numa estrada vestindo apenas um roupão. Essa mulher é Christina Bailey (Cloris Leachman), que logo em seguida é assassinada por misteriosos homens que bloquearam a passagem do carro. Tentaram tudo para parecer um acidente. No entanto, o detetive sobrevive, e não sossega até encontrar uma explicação.
Adorei os créditos de baixo para cima. Só aí, já dá para perceber o que vem pela frente.
Outros personagens como a secretária amante do protagonista e o mecânico enrriquecem ainda mais a trama.
Percebemos ecos desse filme nas obras de cineastas do calibre de David Lynch e Quentin Tarantino, só pra citar alguns.
Uma obra surpreendente do início ao fim. Um filme B que na época foi considerado maldito e inapropiado para os jovens. Duvido que Aldrich tenha feito algo melhor. (Apesar de nunca ter assistido Os doze condenados). Va-va-voom... Nota 10
Esse ainda não assisti, mas fiquei super - interessado.....me empresta ai....hehe
ResponderExcluirAbração
Um dos melhores filmes noir da história. E muito esquisito também.
ResponderExcluirTenho 99,9% de certeza de que vai gostar. Você ainda tem video cassete? Comprei em VHS e a imagem está ok. Te empresto com certeza.
Abração.