terça-feira, 21 de maio de 2013

O Incrível Homem que Encolheu (The Incredible Shrinking Man)


E eis uma pequena jóia. Uma preciosidade que muitos ainda não conhecem ou só ouviram falar. A primeira vez que soube da existência de O Incrível Homem que Encolheu (1957), foi em uma conversa com os amigos Rick Martins e Lafa. Ambos sempre elogiavam esse filme e é claro que ele entrou de imediato na minha lista de filmes que eu deveria assistir antes de morrer. Depois de muito tempo, tive a oportunidade de gravá-lo no Telecine Cult e somente ontem, pude assistí-lo no final da noite acompanhado de cervejas e Cebolitos. Que maravilha.

Estava esperando um trash bem divertido e me vem uma história com uma mistura de drama, ficção científica, suspense e ainda sobra um tempinho também para a reflexão. Ou seja, quem ainda não viu, assista ontem.

É bom lembrar que o filme se passa numa época em que as pessoas ainda apresentavam os sintomas da segunda grande guerra e avistavam o início de uma Guerra Fria. Tudo contribui para um melhor entendimento sobre a condição do homem diante das suas estúpidas criações e as consequências desastrosas ao usufruir indevidamente dos elementos que a natureza fornece. É claro que posteriormente a própia natureza vai cobrar o seu preço e muitas vezes paga quem nada tinha a ver com isso.

Na trama, Scott Carey (Grant Williams) está feliz da vida ao lado da sua esposa Louise Carey (Randy Stuart) em um passeio de barco. Enquanto a moça entra na cabine para pegar uma cerveja para o marido, o barco atravessa uma estranha nuvem que entra em contato com Scott. Depois de algum tempo, o rapaz percebe que suas roupas estão ficando cada vez mais largas e seu tamanho diminuindo cada dia mais. O médico não consegue diagnosticar e em seguida o seu caso é enviado para um renomado laboratório. Lá descobrem a causa do seu encolhimento: uma forte exposição à inseticida e radiação atômica. Nesse momento ele se lembra da tal nuvem branca do barco. A partir daí meus amigos, começa uma corrida dos médicos para tentar reverter esse caso, enquanto Scott vai diminuindo à cada dia que passa.

É nesse momento que o filme se torna sensacional. Vemos todo o drama do personagem e de sua esposa que não desiste em nenhum momento em ajudar Scott (que à essa altura está morando em uma casinha de brinquedo). Depois de um tempo, sua luta é pela sobrevivência. Animais inofensivos se transformam em predadores perigosos.

Confesso que não conhecia o trabalho do diretor Jack Arnold. Agora fiquei curioso pra assistir outro filme dele que tenho aqui em DVD: O Monstro da Lagoa Negra.

Outro trabalho primoroso são os efeitos especiais. É claro que vistos nos dias de hoje podem parecer ridículos. Mas lembrem-se que a década é de 50 e os recursos eram bem menores.

O final ao meu ver, fecha com chave de ouro essa obra prima do cinema fantástico. Recomendo não somente o filme, mas também o Cebolitos e a cerveja.  Nota 10.


3 comentários:

  1. Ótimo comentário, Brunão. Também adoro Cebolitos, mas é muito salgado, não é bom para a pressão... hehehe

    Então, já tinha ouvido falar nesse filme, mas ainda não assisti. Os anos 50 são muito fartos em produções criativas. Bom saber que esse reverbera outros assuntos. Vou colocar na pauta para assistir.

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  2. Olá, Bruno. Assim como você, confesso, que também fiquei curioso para ver este. Estou numa fase de ver os Clássicos e esse, realmente, é uma boa dica. Verei se encontro por aqui. Valeu...

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  3. Celão, a minha pressão também não está lá muito boa não. Preciso ter um controle maior no que diz respeito a certas tentações. Com relação ao filme, assista o quanto antes. Obrigado pelo elogio.

    Maxwell, o mesmo digo para ti. Não esperava tanto desse filme. Considero uma obra obrigatória. Muito obrigado pela presença.

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