sábado, 7 de setembro de 2013

Hitchcock



Já se passaram três semanas que eu assisti Hitchcock (2012) e por isso, posso deixar de comentar algo importante sobre o filme. Vou tentar puxar ao máximo da memória, a impressão deixada logo após assistir à obra.

Cinebiografias em sua maioria, dão sempre panos pra manga, no que diz respeito à apresentação dos retratados. Chovem reclamações sobre exageros ou ausência de certos fatos importantes relacionados à personalidade daquele determinado personagem. Aqui não foi diferente. No entanto, talvez pelo fato de retratar o meu diretor favorito de todos os tempos, eu achei o saldo final bem positivo. Com todas as suas falhas, o filme dirigido por Sacha Gervasi, tem uma fluidez deliciosa que faz a hora passar rápido.

O roteiro baseado no livro Alfred Hitchcock And The Making Of Psycho, narra como o própio título do livro aponta, os bastidores de Psicose, um dos melhores filmes do mestre e um dos mais importantes da história do cinema. Além de ser objeto de estudo para muitos cineastas.

O filme começa com Alfred Hitchcock (Anthony Hopkins) na premiere de seu último filme: o também importante Intriga Internacional acompanhado da sua esposa e companheira de sempre Alma (Helen Mirren). Nesse período, o diretor estava à procura de um trabalho mais ousado e diferente daquilo que havia feito até então. A busca acabou assim que ele leu o livro Psicose de Robert Bloch. Daí pra frente companheiros, começa uma batalha diária do diretor para convencer o estúdio e os censores à realizar o filme a seu bel prazer. Nesse meio tempo, verificamos alguns distúrbios no relacionamento do gordinho com sua esposa e até uma certa desconfiança de que Alma lhe estivesse colocando chifres. No entanto, percebemos a importância da sua esposa em todo o processo de criação do filme. que cresce no seu belíssimo final.

É claro que a maquiagem de Hopkins ajuda bastante na caracterização do personagem. Porém, achei sua atuação bem discreta. Quem está muito bem no filme é Helen Mirren. Já Scarlett Johansson aparece apenas em cenas pontuais interpretando Janet Leigh, assim como James D'Arcy que está a cara de Anthony Perkins. Uma grande surpresa é a presença de Ralph Macchio (Karatê Kid) interpretando o roteirista Joseph Stefano.

Hitchcock pode ter seus problemas, mas como já havia dito, sou fã de carteirinha do diretor e o filme me pegou pelo coração. Nota 8.